O tesouro mais valioso que o ser humano deveria ambicionar,
conquistar, é a sua dignidade. Mas ela só pode existir na presença de um
elemento essencial, que é a consciência.
Aquele que permanece inconsciente de seu próprio poder
interior, torna-se presa fácil dos manipulares e se submete sem qualquer
reflexão, às exigências provenientes do mundo exterior.
Ele é facilmente reconhecível por aqueles que possuam uma
mínima capacidade de observação. Amolda-se a qualquer regra, sem nenhum
questionamento, para garantir a aprovação e a estima dos demais.
Nem sequer percebe que está sendo usado por variados
interesses e, um dia, pode ser surpreendido pelo descarte puro e simples
daqueles a quem imaginava agradar.
A dignidade não permite que nos submetamos a circunstâncias
em que o respeito à nossa condição humana esteja ausente. Quem confia no
direcionamento ditado por sua consciência, está disposto a pagar o preço que
for preciso para manter-se fiel a si mesmo.
Os relacionamentos que estabelecemos ao longo da vida,
-sejam sociais, profissionais ou afetivos-, constituem o principal campo de
provas para o exercício de nosso auto-respeito.
Abrir mão de nossa dignidade para ser aceito por quem quer
que seja, é o caminho mais fácil para a dependência e a escravidão.
É essencial que busquemos, a cada momento, encontrar dentro
de nós a resposta a este simples questionamento: estou vivendo em sintonia
absoluta com minha dignidade?
Se não conseguirmos obter um sim a esta pergunta, é hora de
começar a repensar a maneira como temos enxergado nosso próprio valor.
Elisabeth Cavalcante
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