domingo, 9 de setembro de 2012

O maior dos tesouros


O tesouro mais valioso que o ser humano deveria ambicionar, conquistar, é a sua dignidade. Mas ela só pode existir na presença de um elemento essencial, que é a consciência.

Aquele que permanece inconsciente de seu próprio poder interior, torna-se presa fácil dos manipulares e se submete sem qualquer reflexão, às exigências provenientes do mundo exterior.

Ele é facilmente reconhecível por aqueles que possuam uma mínima capacidade de observação. Amolda-se a qualquer regra, sem nenhum questionamento, para garantir a aprovação e a estima dos demais.

Nem sequer percebe que está sendo usado por variados interesses e, um dia, pode ser surpreendido pelo descarte puro e simples daqueles a quem imaginava agradar.

A dignidade não permite que nos submetamos a circunstâncias em que o respeito à nossa condição humana esteja ausente. Quem confia no direcionamento ditado por sua consciência, está disposto a pagar o preço que for preciso para manter-se fiel a si mesmo.

Os relacionamentos que estabelecemos ao longo da vida, -sejam sociais, profissionais ou afetivos-, constituem o principal campo de provas para o exercício de nosso auto-respeito.

Abrir mão de nossa dignidade para ser aceito por quem quer que seja, é o caminho mais fácil para a dependência e a escravidão.

É essencial que busquemos, a cada momento, encontrar dentro de nós a resposta a este simples questionamento: estou vivendo em sintonia absoluta com minha dignidade?

Se não conseguirmos obter um sim a esta pergunta, é hora de começar a repensar a maneira como temos enxergado nosso próprio valor.

Elisabeth Cavalcante

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