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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Cheia de sol


Dias e noites se somavam pra mudar o que ia dentro dela.
Histórias tristes, mesmo que passadas, causavam pesadelos. Mas na boca, o gosto de eternidade era de momentos lindos.

Enquanto ela não sabia o que fazer do passado, ela ia se alimentando de versos e falava em cores, flores e passarinhos. Passava horas anotando sonhos e pedidos às estrelas cadentes.

E num faz de conta que esquecia histórias tristes, redescobria magias escondidas em algum canto. 
E pintava um amor novinho em folha, com direito à cartinhas e versinhos de amor para distrair os olhos.

Bordava uma porção de amizades por onde passava e escolhia a dedo as pessoas que continuariam em seu caminho. Plantava boas intenções e colhia um monte de surpresas.

Quando a menina se desestabiliza e desmorona, Deus vai lá e reconstrói. Dá a ela uma página em branco, pra ver se dessa vez ela não comete tantos erros. E aprenda de uma vez por todas que pensar só com o coração dói e pensar em quem não merece é besteira.

Então ela faz assim: pela janela debruça o olhar sobre uma vida bonita. E renasce. Fica forte outra vez. De sol em sol ela armazena energia e recupera sorrisos. Bota bobagens pra dormir e pisa forte no medo.

Algumas vidas, olhadas de perto, fascinam os olhos e salvam o dia.
Mesmo sem saber, algumas pessoas têm o dom de transmitir paz e harmonia pra menina que gosta de descansar o olhar sobre outras vidas que, mesmo complicadas, não deixam de ser poesia. 

E todas as manhãs a menina envia um sorriso de sol como forma de agradecimento pela poesia que ela lê todos os dias.

Cris Carvalho

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Na casa do amor

Minha mãe sabe das minhas vontades
Do meu gostar, do meu querer
Minha mãe sabe a hora que eu levanto, a hora que durmo
Sabe o que vai dentro, no bolso, grudado na alma 

Minha mãe ouve meus apelos mudos. Ela sabe do meu medo do escuro
Do meu medo de crescer e não ter mais espaço pra moleca travessa
Minha mãe entende de ternura. Mas também sabe onde colocar a palavra não

Ela impede os meu gritos. Ela abafa os meus medos
Ela borda cuidados, tinge de azul pensamentos ruins
Ela faz preocupação virar marmelada
Converte dor em amor

Tem sempre remédio pra tudo
Tem até licorzinho pra levantar baixo-astral
Tem sorrisos e suspiros em potes
Tem até prosa gostosa no café da manhã

Minha mãe cultiva jardins na alma da gente
Na minha ela plantou um girassol
e me fala de cores, de sonhos, de vida

Me fala de Deus como se fosse alguém da família
E me fala em esperança, essa palavra tão linda

Me perdoa as artes, as teimas, as manhas
Empresta o colo pra eu chorar as mágoas
Me oferece o ombro, a cama e a calma

Diz que é pra eu ter paciência, afinal, tudo passa
Me cerca de intenções bonitas

Acredito que toda mãe tem um fiozinho ligado a Deus.

A você, mãe, que me ensinou o caminho do amor, eu agradeço.

Cris Carvalho


sábado, 1 de junho de 2013

A prece maior

A prece maior é ser generoso com o vizinho. 
É estampar um sorriso no rosto. 
É falar a verdade toda vida. 
É ser caridoso. 
É ser fiel com os amigos. 
É estar do lado do bem. 
É cantar pruma criança dormir. 
É brincar com elas numa tarde grande. 
É saber que Deus mora em cada pequena coisa com toda sua grandiosidade. 
É espalhar amor em doses de chuvaradas por aí.

A prece maior se encontra num abraço, 
numa conversa jogada fora num dia de domingo. 
Numa palavra que salva, que enriquece, que abençoa. 
Num conselho que transforma a vida de alguém. 
Num olhar carinhoso. 
Numa mão que ampara, que acolhe, que semeia.

A prece maior se encontra onde há esperança, 
onde mora a palavra AMOR. 

A prece maior se encontra onde há recomeços, 
onde há dias recheados de paciência e tolerância. 
Onde há uma história comprida com gente bonita morando dentro. 

A prece maior se encontra no que não se acaba, no que permanece, apesar dos pesares todos.

A prece maior é ser feliz por nada. 
É agradecer por tão pouco. 
É amar até quem não nos ama. 
É respeitar os limites, os medos, as diferenças. 
É perdoar as ofensas, os erros, os espinhos. 
É ter os olhos voltados para o sol. 
É ter o coração tranquilo. 
É levar uma semente de esperança onde a flor da vida já secou faz tempo.

A prece maior a gente não faz ajoelhado, a gente faz é sorrindo.

Cris Carvalho

sábado, 11 de maio de 2013

Eu creio

Eu plantei um pé de amor, pra colher sorrisos. De nada adiantou. 
O vento, de tempo em tempo, esfacelou as flores, os frutos e os galhos. 
Só que tem uma coisa: O meu amor continua de pé, com uma bandeira hasteada no meio. 

É proibido não ter esperanças porque é Junho e o tempo pode tudo para quele que crê.

E eu creio em dias azuis, cheios de paz dentro. Com crianças correndo no parque, casais de mãos dadas à luz do sol, de uma manhã clarinha. 
Acredito na força dos sentimentos bons, na energia positiva e na colheita dos sonhos, que chega sempre nas mãos de quem semeia o bem, de quem espalha pólen de luz e alegrias miúdas.

Acredito que a bondade tem voz e acredito, também, num HOJE maior que o ontem e que o amanhã. Acredito na beleza e força de um sorriso, no encanto e energia das palavras. 
Acredito num Deus que tudo vê e que tudo ampara, da maneira correta e no tempo exato.

Acredito na bondade sem disfarce, nos rostos sem máscaras e doses de paciência que removem montanhas, no carinho e na amizade. 
Creio na palavra que cura, nas canções que embalam sonhos, nos risos gratuitos, na bússola do lado esquerdo que sempre indica o caminho.

Eu nasci pra acreditar. E esperança, minha gente, é o que anda comigo.

Cris Carvalho

O que você planta....

Mas como nesse terreno da vida o que vale é o que a gente planta nele, do nada, surge uma penca de girassóis e aponta um céu. Um céu de escolhas felizes e tão mais claras. 

Esses girassóis costumam chegar quando você menos espera.

Mas você sabe o momento em que eles chegam pelo cheiro de carinho no ar. 
Cheiro de abraço de amigo, colo de mãe. 
Cheiro de bolo saindo do forno e passeio de domingo no parque. 

É nessas horas que você percebe que Deus não desiste nunca. 
E que ele sempre prepara surpresas risonhas pros nossos caminhos. 

Mas pra você recebê-las terá de ter um coração aberto e tranquilo. 

Por isso, quando chegar a hora de dormir, não esqueça de acender a vela da fé, aquela que mora no coração e que acende a alma. A única vela que nos mostra o rumo.

Cris Carvalho