Mostrando postagens com marcador Vanessa Leonardi. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Vanessa Leonardi. Mostrar todas as postagens

domingo, 9 de junho de 2013

Vontade de ser feliz


Ando com tanta vontade de ser feliz
Aprendi que a gente não se deve acostumar com a dor,
a gente até pode, mas não deve. 
Como outras coisas nessa vida:
Aprendi que o primeiro clarão do sol
faz as sereias irem de volta pra casa.
E que ficar de mal dura apenas até a vontade de riso.
Que saudade é um aperto bem no meio do seu sossego.
E abraço é também morada pro coração.
Que carregar sonhos faz bem pra gente, 
mas que se esquecê-los, acontecem mais rápido.
Que um sopro não apaga só uma vela. 
Um sopro reacende o que for pra ficar.
Que coisas pequenas ficam grandes quando olhadas com olhos de dentro.
Que sentir pouco é muito e que uma pessoa, só uma pessoa no meio de bilhões, muda tudo.
Vou plantar um pé de bolha de sabão no meu quintal,
Pra levar esse mundo dentro de uma bolha
Ou então sair por ai flutuando levinho... 

Vanessa Leonardi


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cor-agem

Meu coração é corajoso sem armas. Descobri dia desses, enquanto desenhava pensando na vida. 
No começo foi tudo sempre estranho, não feio. Um tal de apaga ali, rabisca daqui e apaga de novo... 
Dizem que só criança faz desenho da vida. 
Depois que a gente cresce perde o jeito, esse jeito de colorir o sentimento numa folha em branco. 
Conservei essa mania dos desenhos. Tenho tudo rabiscado. Tudo enfeitado. Porque não gosto de abandonar as manias que me levam pra lugar de sonho, inventar uma primavera bem no meio do inverno. No desenho pode. 
Uma paisagem diferente da vida de verdade. Tem desenho que fica abandonado e feio. Triste num canto no fundo do meu armário companheiro de mudanças, herança do pai. Fica ali por uns dias, quietinho, até eu ouvir seu choro. Pedido de socorro. 
E lá vou eu, com minha ambulância carregada de lápis colorido fazer o desenho sorrir. 
Igual criança quando tá chorando e o amiguinho pega na mão e pede pra sorrir de novo.

Eu não gosto de abandono, por isso acolho. 
Por isso recolho e não costuro sorriso porque chorar é preciso. 
Porque não importa se o desenho é feio. Ou se a ferida é doída. Ou o dedo do meio foi pra mim. 
Eu contorno e de um jeito ou de outro, sempre tenho uma cor pra mudar a história. 
E na vida, a gente aprende que quanto mais a nuvem pesa e se enche de cinza, mais forte vem a chuva. Ou o choro. 
Sorte é ter um coração cheio de pancadas, metido em tempestades e sujeito a trovoadas. Esses sim são corações maduros de forte. Não de vez. 
Tenho um coração de todas as cores. Que amanhece azul e adormece vermelho ou bege ou rosa ou verde ou roxo ou...qualquer cor serve, porque quanto mais cor no coração, aprenda: MAIS COR-AGEM na vida.

Vanessa Leonardi

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dores

Dores vão e vem, mas enquanto tiver 
um sorriso no meio do caminho, 
um ombro pra encostar, 
uma piscada pra esquecer, 
um céu azul, 
uma janela aberta e 
um amanhecer de primavera 
você vai querer se reerguer e 
ver que quem perdeu não foi você.

Vanessa Leonardi