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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava?



Enfrentamos inúmeras situações em nossa história que, com ou sem a nossa autorização, acabam nos remetendo a este terrível sentimento: a decepção.

Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava? Quem já não esperou por realidades que não se concretizaram? Quem já não fez a experiência de não ser correspondido quando amou? A decepção é um sentimento presente na vida humana e, constantemente, precisaremos aprender a bem geri-lo em nossa história.

Todos nos decepcionamos em algum momento da vida, todos experienciaremos a infelicidade de não nos sentirmos os “prediletos” em algum momento de nossa trajetória na existência. Contudo, é preciso compreender que se esse sentimento não for trabalhado e superado em nós, poderá nos marcar com desastrosas conseqüências.

A decepção é um profundo veneno! Quando a mesma faz morada no coração tende a nos roubar o entusiasmo, a alegria e o ânimo, além de nos fazer desacreditar da vida e das pessoas em geral. Ela nos leva a pensar que nossas lutas são em vão, roubando assim o sentido de nossos esforços e crenças.

Diante das desventuras e decepções precisaremos sempre contra-atacar…

É preciso destruir definitivamente alguns antigos chavões como: “Homem é tudo igual, não leva nenhuma mulher a sério”, “Meus namoros nunca dão certo”, “Eu não paro em nenhum emprego”, “O casamento é ilusão, na prática não funciona…” É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção acaba fabricando em nós.

Não é porque uma mulher viveu uma experiência dolorosa com um determinado homem, que todos eles (homens) “não prestem”. Existem sim homens bons… é preciso recomeçar e não se tornar escravo (a) da decepção! Não é pelo fato do casamento de algum conhecido (até mesmo o seu) não ter dado certo que o casar-se seja uma utopia irreal.

Nem todas as pessoas são ruins e falsas, e não é porque você se decepcionou uma vez que irá se decepcionar sempre…

É preciso acreditar na vida, na família, nas pessoas, em Deus!

Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso tentar de novo, acreditar, recomeçar.

Amanhã poderá ser melhor, poderá sim… A cada novo dia que se inicia Deus nos dá a oportunidade de reescrevermos nossa história e, com Ele, poderemos sim dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.

Deus é fiel e, diante das desventuras que enfrentamos, Ele estará sempre pronto a abrir novos caminhos para que possamos recomeçar. É preciso acreditar… e não parar na decepção.

É preciso acreditar e não deixar a doçura presente nos dias se amargar…

Poderá ser diferente… é preciso acreditar, sempre!

Pe Adriano Zandoná

sábado, 29 de setembro de 2012

Como reagir diante da contrariedade

Extremante difícil é a experiência de perceber-se contrariado. Sim, de descobrir que tudo o que tínhamos idealizado até então, acabou não encontrando um terreno favorável para verdadeiramente florescer. Diante de tal realidade, faz-se profundamente necessária uma atitude que está em desuso e fora de moda neste tempo: a paciência.

Nem sempre o que sonhamos e desejamos será capaz de acontecer na hora e da forma como pensávamos e, muitas vezes, isso não será nem mesmo possível em nossa história. Diante de tais situações, nas quais o coração se descobre contrariado, o mesmo precisa buscar maturidade para dilatar-se em tudo, adquirindo vida e temperança pela força da paciência.

Dilatar-se significa ir além (alargar as próprias fronteiras), abrindo-se para novas percepções e compreensões da realidade. Significa acolher o possível, reconciliando-se com ele, porém sem deixar de sonhar e de desejar o melhor.

Pena que somos ansiosos e imediatistas demais, e queremos que tudo se resolva imediatamente e da maneira como pensamos. É preciso ter a paciência e a humildade para deixar as coisas acontecerem, em seu ciclo e movimento, naturalmente.

Necessário se faz saber perseverar no bem, mesmo diante de dores e situações de contrariedade.

A contrariedade é também pedagógica: ela nos ensina que não somos soberanos e que nem tudo tem que necessariamente se dobrar diante de nossa “magnífica” vontade.

Quando somos contrariados temos a possibilidade de assumir – com serenidade e sobriedade – nosso verdadeiro lugar na existência. Assim seremos mais abertos e modestos na vida, sem a infantil pretensão de acreditar que nossa visão e posição devem ser sempre únicas e absolutas.

Aprendamos a conviver – pacientemente – com a contrariedade. Tenhamos a paciência de esperar o alvorecer das vitórias que Deus reserva para nós. Elas (vitórias) acontecerão, contudo, é preciso aguardá-las dilatando o coração para melhor poder saboreá-las, e isso na medida e no tempo em que as mesmas conseguirem se despertar…

De tal forma descobriremos qual é a verdadeira missão que nos espera na vida, e, diante dela, poderemos dar as felizes respostas que o Criador espera de nós.

Não esqueçamos: é preciso paciência e perseverança diante das contrariedades. Isso será extremamente maturador e agregador de sabedoria para nós. Não tenhamos medo de exercer tal realidade!

Pe Adriano Zandoná