Nem sempre o que sonhamos e desejamos será capaz de
acontecer na hora e da forma como pensávamos e, muitas vezes, isso não será nem
mesmo possível em nossa história. Diante de tais situações, nas quais o coração
se descobre contrariado, o mesmo precisa buscar maturidade para dilatar-se em
tudo, adquirindo vida e temperança pela força da paciência.
Dilatar-se significa ir além (alargar as próprias
fronteiras), abrindo-se para novas percepções e compreensões da realidade.
Significa acolher o possível, reconciliando-se com ele, porém sem deixar de
sonhar e de desejar o melhor.
Pena que somos ansiosos e imediatistas demais, e queremos
que tudo se resolva imediatamente e da maneira como pensamos. É preciso ter a
paciência e a humildade para deixar as coisas acontecerem, em seu ciclo e
movimento, naturalmente.
Necessário se faz saber perseverar no bem, mesmo diante de
dores e situações de contrariedade.
A contrariedade é também pedagógica: ela nos ensina que não
somos soberanos e que nem tudo tem que necessariamente se dobrar diante de
nossa “magnífica” vontade.
Quando somos contrariados temos a possibilidade de assumir –
com serenidade e sobriedade – nosso verdadeiro lugar na existência. Assim seremos
mais abertos e modestos na vida, sem a infantil pretensão de acreditar que
nossa visão e posição devem ser sempre únicas e absolutas.
Aprendamos a conviver – pacientemente – com a contrariedade.
Tenhamos a paciência de esperar o alvorecer das vitórias que Deus reserva para
nós. Elas (vitórias) acontecerão, contudo, é preciso aguardá-las dilatando o
coração para melhor poder saboreá-las, e isso na medida e no tempo em que as
mesmas conseguirem se despertar…
De tal forma descobriremos qual é a verdadeira missão que
nos espera na vida, e, diante dela, poderemos dar as felizes respostas que o
Criador espera de nós.
Não esqueçamos: é preciso paciência e perseverança diante
das contrariedades. Isso será extremamente maturador e agregador de sabedoria
para nós. Não tenhamos medo de exercer tal realidade!
Pe Adriano Zandoná
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