sábado, 29 de setembro de 2012

Como reagir diante da contrariedade

Extremante difícil é a experiência de perceber-se contrariado. Sim, de descobrir que tudo o que tínhamos idealizado até então, acabou não encontrando um terreno favorável para verdadeiramente florescer. Diante de tal realidade, faz-se profundamente necessária uma atitude que está em desuso e fora de moda neste tempo: a paciência.

Nem sempre o que sonhamos e desejamos será capaz de acontecer na hora e da forma como pensávamos e, muitas vezes, isso não será nem mesmo possível em nossa história. Diante de tais situações, nas quais o coração se descobre contrariado, o mesmo precisa buscar maturidade para dilatar-se em tudo, adquirindo vida e temperança pela força da paciência.

Dilatar-se significa ir além (alargar as próprias fronteiras), abrindo-se para novas percepções e compreensões da realidade. Significa acolher o possível, reconciliando-se com ele, porém sem deixar de sonhar e de desejar o melhor.

Pena que somos ansiosos e imediatistas demais, e queremos que tudo se resolva imediatamente e da maneira como pensamos. É preciso ter a paciência e a humildade para deixar as coisas acontecerem, em seu ciclo e movimento, naturalmente.

Necessário se faz saber perseverar no bem, mesmo diante de dores e situações de contrariedade.

A contrariedade é também pedagógica: ela nos ensina que não somos soberanos e que nem tudo tem que necessariamente se dobrar diante de nossa “magnífica” vontade.

Quando somos contrariados temos a possibilidade de assumir – com serenidade e sobriedade – nosso verdadeiro lugar na existência. Assim seremos mais abertos e modestos na vida, sem a infantil pretensão de acreditar que nossa visão e posição devem ser sempre únicas e absolutas.

Aprendamos a conviver – pacientemente – com a contrariedade. Tenhamos a paciência de esperar o alvorecer das vitórias que Deus reserva para nós. Elas (vitórias) acontecerão, contudo, é preciso aguardá-las dilatando o coração para melhor poder saboreá-las, e isso na medida e no tempo em que as mesmas conseguirem se despertar…

De tal forma descobriremos qual é a verdadeira missão que nos espera na vida, e, diante dela, poderemos dar as felizes respostas que o Criador espera de nós.

Não esqueçamos: é preciso paciência e perseverança diante das contrariedades. Isso será extremamente maturador e agregador de sabedoria para nós. Não tenhamos medo de exercer tal realidade!

Pe Adriano Zandoná

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