Uma mulher saudável é muito parecida com um lobo, grande
força de vida, doação de vida, ciente de seu território, intuitiva e leal.
Porém, a separação de sua natureza selvagem faz com que uma mulher torne-se
escassa, ansiosa, e temerosa.
A natureza selvagem contém a medicina para todas as coisas.
Ela transporta estórias, sonhos, palavras e canções.
Ela carrega tudo que uma mulher precisa ser e saber.
Ela é a essência da alma feminina...
Com a natureza selvagem como aliada e professora, nós não
vemos apenas com através de nossos olhos, mas através dos muitos olhos da
intuição.
Com a intuição nós somos como uma noite estrelada, nós
observamos o mundo através de milhares de olhos.
Isto não significa perder as socializações básicas de uma
pessoa.
Isto significa totalmente o oposto.
A natureza selvagem tem uma integridade vasta com ela.
Significa estabelecer território, encontrar o grupo de uma pessoa, estar em um
corpo com certeza e orgulho, falar e agir a favor de si mesma, estar
consciente, extrair os poderes naturais da intuição feminina e elevar-se com
dignidade, proceder como um ser poderoso que é amistoso, mas nunca domesticado.
A mulher selvagem é aquela que troveja na face da injustiça.
Ela é aquela pela qual nós abandonamos o lar para procurar e
aquela pela qual nós retornamos ao lar.
Ela é intuição, consegue ver longe, ouvir profundo, e ela
tem um coração leal.
Ela deve vagar pelas antigas sendas, defender seu
conhecimento instintivo, orgulhosamente ostentar as cicatrizes de batalha de
sua época, escrever seus segredos em paredes, recusar ser envergonhada, liderar
o caminho, ser astuta e usar sua
perspicácia feminina.
Onde podemos encontrá-la?
Ela caminha nos desertos, cidades, florestas, oceanos, e na
montanha da solidão.
Ela mora nas mulheres em todos os lugares: em castelos com
rainhas, nos escritórios e nos ônibus noturnos para os subúrbios.
Ela mora em um local distante que abre caminho através de
nosso mundo.
Ela mora no passado e é convocada por nós.
Ela está no presente.
Ela está no futuro e caminha de volta no tempo para nos
encontrar agora.
Mulher selvagem sussurra as palavras e os caminhos para nós,
e nós a seguimos.
Ela corre à nossa frente, mas para e espera para ver se nós
a estamos alcançando.
Ela tem muitas coisas para nos mostrar.
Quer você possua um coração simples ou ambicioso, quer você
esteja tentando alcançar o grande sucesso ou apenas atingir o dia de amanhã, a
natureza selvagem pertence a você.
Não seja uma tola.
Volte e fique sob aquela flor vermelha e caminhe, direto em
frente para superar a última milha mais difícil.
Escale até a caverna, rasteje através da janela de um sonho,
examine o deserto e veja o que você encontra.
É o único trabalho que temos que fazer.
Sem nós, a mulher
selvagem morre.
Sem a mulher selvagem, nós morremos.
Para a verdadeira vida, ambos devemos viver.
O instinto maternal em cada um de nós é a Medicina do Lobo.
Pois o Lobo é uma progenitora, e um progenitor.
De forma simplificada, isto significa que o lobo detém a
energia paternal e maternal em sua vibração. Esta é a verdadeira Medicina do
Lobo.
A Medicina do Lobo com a qual uma mulher caminha, que ela
chama de intuição, é o Lobo amigo dela.
No antigo caminho, o lobo amigo era conhecido por vir ao
vilarejo proteger as crianças.
Esta energia do lobo amigo vem do sobrenatural. É a parte
sobrenatural da mulher que sabe como alterar seu amor, sua intenção, e suas
habilidades de criação para a forma do Lobo.
Assim, ela vem ao vilarejo na forma de uma Loba, para
proteger as crianças e os mais velhos carentes.
The Soul of
the Indian
Dr Charles
Alexander Eastman, 1911
born
Ohiyesa of the Santee Sioux, in 1858
Nenhum comentário:
Postar um comentário