sábado, 28 de março de 2015

Outros ares... outros ritmos...

Bom Dia! Sábado: outros ares... outro ritmo...

Mas o coração é o mesmo: inquieto e esperançoso!

“Em frente ou então enfrente!” (Paola Gavazzi). 

A cada amanhecer é necessário reunir forças, multiplicar energias e renovar o ânimo para dar conta da vida. Tocar em frente não é uma imposição. É uma alternativa bem inteligente. O somatório de avanços poderá render muita satisfação. 

Nem todos estão contentes com a vida que levam. Alguns não fazem nada para alterar a rotina. 
Novos resultados implicam em novas posturas. Viver não é complicado. Mas é necessário prestar atenção na distância que existe entre o sonho e a realidade. 

Os sonhos embalam as buscas. A realidade vai dando o formato possível. Porém, tudo é muito dinâmico. Sem avançar ao menos um palmo, cada dia, é o suficiente para comprometer a caminhada toda. É preciso ir em frente. Se não for assim, você terá que enfrentar as consequências. 

Há uma longa distância entre ir em frente e enfrentar os resquícios advindos de algumas escolhas.
O mais fácil é adiar os enfrentamentos. 

Num primeiro momento é até confortável não enfrentar determinadas situações. Porém, as perdas podem resultar num somatório nada agradável. 

Uma postura mais proativa poderá redesenhar soluções não pensadas anteriormente. A vida sempre surpreende quem flexibiliza possibilidades. Mas nada substitui o ânimo e o vigor de ir em frente. 

Se você não for em frente os objetivos não serão alcançados e a vida desperdiçará aquele sabor do esforço e da persistência. 
Que haja muita inspiração e infinita força de vontade. 

Lamentações não qualificam a vida. 

Um dia será possível olhar para trás e afirmar: valeu a pena! Bênçãos! Paz e Bem! Santa Alegria! Abraço!

Frei Jaime Bettega

quarta-feira, 25 de março de 2015

SUA VIDA VAI MUDAR, SE PASSAR UM MÊS SEM RECLAMAR

Queixa vem do latim, de quassiare, de quassare, que significa golpear violentamente, quebrantar, e expressa uma dor, uma pena, o ressentimento, a inquietação…


Poucos de nós nos damos conta do quanto nos queixamos. De como, sobretudo depois de uma certa idade, reclamamos o tempo todo. Muitas vezes, nem pensamos no que estamos falando. Virou hábito transformar tudo em motivo de reclamação. Estou me referindo aqui àquelas queixas bobas, sem importância, que a gente teima em fazer. 

Uma amiga inglesa que conviveu bastante com brasileiros me disse uma vez que nós nos queixamos excessivamente. Pensando nisso resolvi resumir o artigo que acabo de ler no El País, sobre como deixar de reclamar pode tornar a nossa vida – e a de quem no ouve – melhor.

Para tornar a convivência mais saudável e agradável, dois amigos decidiram fazer um pacto inusitado, à primeira vista, mas de muito bom senso, se a gente pensa bem: resolveram ficar um mês inteiro sem se queixar. 
Sem lamentar esses pequenos acontecimento chatos que vão acontecendo com a gente – levanta-se mais tarde do que queria, se esquece de levar o guarda-chuva e se encharca, tem que engolir desaforo de um conhecido, o choro do bebê da vizinha, enfim… Para ter certeza que passariam pela prova, combinaram de levar o plano adiante no mês de fevereiro, por ser o mais curto do ano.


A primeira experiência foi em 2010. “Como depois nos sentimos mais felizes, decidimos repetir no ano seguinte”, conta um deles, Thierry Blancpain. A coisa evoluiu e, no ano passado, os dois convidaram amigos para entrar no jogo. 
Diante dos resultados positivos, em fevereiro deste ano, abriram para todo mundo. Através de redes sociais, como facebook e twitter, convidaram quem quisesse participar do movimento complaint Restraint February – algo como fevereiro com menos queixas. Esperavam ter 50 inscrições. Receberam 1.750.

Thierry Blancpain explica que os benefícios de se conter para não se queixar à toa variam . Por um lado, aumenta “a sensação de alegria” e diminui a de “estar cansado”. Por outro, adquirimos “conhecimentos sobre a forma como nos comunicamos e como se comunicam as pessoas do nosso entorno”. 
Durante esse mês, a gente se dá conta de que certos conhecidos são muito negativos e fazem a gente mais infeliz. “Pode soar duro, mas acho que não é razoável passar tempo com uma pessoa com a qual nos sentimos pior depois”, diz ele.

Os dois se surpreenderam a com o sucesso da experiência nas redes sociais: algumas pessoas disseram que tinham tornado suas vidas melhores, outras comentaram que se deram conta de que havia pessoas muito negativas em seu entorno. 
Deu tão certo que os dois já estão pensando na campanha de fevereiro do ano que vem. Querem atrair mais gente e, para isso, vão preparar material de divulgação contando os detalhes da experiência, para ajudar a quem quiser aderir ao movimento.

Acho que vão ter mais sucesso quando não se limitarem a se queixar menos apenas no mês de fevereiro. Por que não lançar um movimento desses incluindo os 12 meses do ano? Tem alguma coisa mais desagradável do que alguém se queixando o tempo todo?

Maya Santana

http://www.50emais.com.br/artigos/sua-vida-vai-mudar-se-passar-um-mes-sem-reclamar/

segunda-feira, 9 de março de 2015

Lugares sombrios da alma...


Às vezes me pergunto por que é tão difícil aprender as lições da vida. Na escola, fui sempre boa aluna e para aprender um conteúdo de determinada matéria, só tinha que estudá-lo com eficiência. Mas, no meu cotidiano, todos os dias estou faltando com lição que já deveria ter aprendido. E continuo minhas perguntas: 
Quantas vezes terei que repetir os mesmos tombos e as mesmas escorregadas? É claro que com o passar dos anos, tudo isso fica mais preocupante, porque a vida vai se escoando... 
E se não der tempo de aprender?

Estou falando é sobre essa pessoa do lado de dentro que resmunga, fala palavras que não deveriam ser ditas, responde reativamente, sem pensar que pode estar magoando. 
Há palavras que acariciam e outras que causam feridas profundas. E lá vou eu, de novo, ser reprovada na prova.

Quantos habitantes carrego dentro de mim e quantos deles eu não reconheço como parte do meu ser? O que acontece é que cada cara nova que aparece, me deixa confusa, pois tenho que buscar força para suportar as consequências e coragem moral para fazer o que preciso.

Um professor, mestre amigo, me disse um dia, quando eu lhe contava mais uma de minhas escorregadas: É assim mesmo! 
Todos os dias caímos e quase sempre no mesmo buraco. 
Temos que levantar, continuar a caminhada, não olhar para trás e fazer a aprendizagem. 

Mas e a culpa e o arrependimento? perguntei. Isso é como se estivéssemos com um grande pássaro negro sentado nos nossos ombros, continuou me explicando o professor. 
E se não nos livramos dele, nossa caminhada não acontece. Ficamos parados, estáticos, alimentando-nos de lixo emocional.

Agradeci ao professor que terminou sua fala citando um poeta latino, chamado Terêncio:”Sou humano e nada que é humano me é estranho”.

Tenho concluído, após cada tombo, que ser humano significa saber que andamos por lugares sombrios dentro de nós, muitas vezes irreconhecíveis. 
Quando faço uma escolha, por mais inconsciente que ela tenha sido, eu não tenho outro caminho a não ser aceitar a responsabilidade e as consequências dos meus atos e das minhas palavras. 
A consciência envolve o reconhecimento do dano causado a mim mesma, ou ao outro.

Então, lá vou eu... Compaixão deve ser a palavra que vai me guiar. 
Volto a estudar a mesma lição, reconheço minhas limitações e caminho para não ficar, outra vez, de recuperação na escola da vida. Será?

Jane Mahalem, escritora
Nossas Letras
 

Amor

“A beleza das pessoas está na capacidade de amar e encontrar no próximo a continuidade de seu ser.” 

Alguém afirmou que a vida é um somatório de passagens. Uma etapa se despede para a outra ser iniciada. 

A cada ano a idade vai construindo passagens. Seria interessante internalizar que tudo passa. Uma nova experiência: ou se acha que não se deveria passar ou que está demorando para passar. 

Se existe ainda algum segredo, este tem uma denominação inspiradora: amar. 

O amor não passa. Pelo contrário, constrói passagens. 

A beleza das pessoas está para além da aparência e do físico. 
A capacidade de amar é o maior critério de estética. 

Quando uma pessoa ama, tudo nela se harmoniza e se adequa ( ajusta). 
Quem ama nunca se aquieta. Está sempre em movimento. Pois, é próprio do amor construir saídas: sair de si para ir ao encontro do outro. 

Quem ama verdadeiramente descobre no outro a continuidade de seu ser. 
Quem ama permanece vivo na existência do outro. 

Enquanto o egoísmo leva ao fechamento, o amor provoca libertação. A liberdade é a expressão mais saliente da expansividade do amor. 

Continuar vivo nos outros não é uma ambição. É a normalidade do amor. 

Acontece que o egoísmo tem recebido uma certa maquiagem de amor. 

Nem todos sabem distinguir amor de egoísmo. 
A bondade parece ser o braço visível do amor. Onde está a bondade, o amor se faz construção. 

É simplesmente maravilhosa a vida de quem sai de si e se prolonga na vida dos outros, exercitando a caridade. 
Que a estética alcance a profundidade: lá onde o amor se faz essência!


Frei Jaime Bettega 

sábado, 7 de março de 2015

Dia da Mulher. Eis o porquê


Provavelmente, o filósofo romano Sêneca quando disse que “uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas”, pretendeu referir-se inclusive ao interior infinito da mulher.

Maravilhosas realistas, as mulheres fazem o que têm que fazer, enfrentam monstros que fazem correr os homens e se doam, sôfrega e absolutamente àqueles a quem amam. Frágeis? Na força física, talvez. A mais infame das forças. 
Se fossem também fortes nesse sentido, isso seria uma injustiça conosco. O que nos restaria? 
Em todo o excedente elas superam-nos, homens, cruelmente expondo toda a fragilidade que incondicionalmente negamos. 
Enquanto isso, nossas heroínas, assumindo suas próprias poucas fraquezas, transformam-nas, assim, em energia pura trabalhando a seu favor; se armam com suas próprias fraquezas. 
São mestras em subordinar a truculência ao sentimento. 
Há nelas um superávit das virtudes que nos faltam.

Deus, ao criar a mulher, equipou-a com tudo o que há de melhor para se instalar num ser humano. Seus olhos falam quando ela sorri, mas principalmente quando choram. 
Há em suas lágrimas muito mais significados do que mil palavras. 
O ventre muda-lhe as formas, dando à mulher mais graça enquanto ali dentro, no mundo bom, são preparadas duas novas vidas: a de um filho e a de um urso. Mexa com seu filho e conhecerá o urso.

Seus braços pequenos são grandes o suficiente para envolver seus amores por toda uma vida. Até o último dos seus dias, seus braços abraçarão. 

Louvadas sejam as mulheres! Louvado seja Deus, por tê-las criado tão perfeitas para o mundo, ainda que o mundo nem sempre as trate como merecem. 
Esqueça a procriação e responda à pergunta: o que faríamos sem elas?

Benditas sejam vocês, mulheres, que tornam o mundo viável à vida e fazem a vida valer a pena ser vivida.

Carlos Alberto de Oliveira 





terça-feira, 3 de março de 2015

Reflexão

"Descarte: coisas que você não usa, sentimentos que não fazem bem, preocupações que pesam, medos que paralisam.”


São poucos os que não são tentados pelo desejo de acumular. 
É quase natural o querer possuir. Até o desnecessário é guardado com o pretexto que poderá ser útil, um dia. Assim como algumas coisas devem ser retidas, muitas não deveriam ocupar espaço. 

O interessante é que além das coisas materiais, guarda-se sentimentos e acontecimentos que não plenificam a vida. 

Porém, chega um momento em que é preciso avaliar e desfazer-se. 
Alguns adiam, escondendo-se atrás de desculpas. 

Como faz bem libertar-se do que pesa e só ocupa espaço. Além do mais, outros poderão usufruir. 

Quantos estariam precisando do que está guardado em gavetas e armários! 
No campo material, com um pouco de insistência, a limpeza acontece. 

O mais difícil e exigente parece residir no campo dos sentimentos. Não são poucos os que vivem de forma pesada. 
Recolhem mágoas, colecionam ressentimentos, permitem-se odiar. 
Deixam a amargura estampar o semblante, esquecem-se de sorrir. 
Com os passar dos dias, vão se distanciando da felicidade. 
Como faz bem descartar alguns sentimentos, afastar o excesso de preocupações, mandar para longe os medos, que sugam as energias. 

Viver de forma leve e simples supõe determinação. 
Imersos num mundo que direciona e influencia, a todo instante é necessário resgatar as metas, redesenhar os sonhos e reunir as melhores energias. 

Ocupados excessivamente com o material, corre-se o risco de perder a melhor parte da vida. E o tempo não volta atrás. 
Então, o que tem que ser feito já está agendado: hoje. 

Bênçãos! Paz e Bem! Santa Alegria! Abraços!



Frei Jaime Bettega