Alguém afirmou que a vida é um somatório de passagens. Uma etapa se despede para a outra ser iniciada.
A cada ano a idade vai construindo passagens. Seria interessante internalizar que tudo passa. Uma nova experiência: ou se acha que não se deveria passar ou que está demorando para passar.
Se existe ainda algum segredo, este tem uma denominação inspiradora: amar.
O amor não passa. Pelo contrário, constrói passagens.
A beleza das pessoas está para além da aparência e do físico.
A capacidade de amar é o maior critério de estética.
Quando uma pessoa ama, tudo nela se harmoniza e se adequa ( ajusta).
Quem ama nunca se aquieta. Está sempre em movimento. Pois, é próprio do amor construir saídas: sair de si para ir ao encontro do outro.
Quem ama verdadeiramente descobre no outro a continuidade de seu ser.
Quem ama permanece vivo na existência do outro.
Enquanto o egoísmo leva ao fechamento, o amor provoca libertação. A liberdade é a expressão mais saliente da expansividade do amor.
Continuar vivo nos outros não é uma ambição. É a normalidade do amor.
Acontece que o egoísmo tem recebido uma certa maquiagem de amor.
Nem todos sabem distinguir amor de egoísmo.
A bondade parece ser o braço visível do amor. Onde está a bondade, o amor se faz construção.
É simplesmente maravilhosa a vida de quem sai de si e se prolonga na vida dos outros, exercitando a caridade.
Que a estética alcance a profundidade: lá onde o amor se faz essência!
Frei Jaime Bettega
Frei Jaime Bettega
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