segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Saudade...

 
O que se faz com a saudade quando ela é só nossa?
Quando acordamos querendo sem ter.
Quando a pessoa que tanto nos faz falta, está tão fora de alcance. Ou quando por falta de opção, ela não pode mais suprir a falta que nos faz?
Lembrança de um tempo que adoça a alma.
Saudade dói, uma dor que chega a ser física, um aperto no peito, um cansaço do agora, uma vontade de gritar, chorar, correr atrás.
Saudade. Dos verbos querer e sentir.
Do não ter.
Substantivo que vem dos dias mais lindos, dos momentos que ficam na cabeça da gente e grudam no coração.
Saudades que às vezes quase passa. Quase vai embora. Saudade do que quase foi. E foi tão lindo.
De tudo que foi e passou tão rápido.
De tudo que não vai voltar. E que vai ficar.
Do que acabou e ficou com gosto de para sempre.
E agora que a vida me chama, a coloco no bolso, molhada de lágrimas e (re)começo o meu dia, fingindo pra mim mesma que esqueci.
 
Karla Tabalipa

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