sábado, 14 de janeiro de 2012

Amor: exercício diário de autoconquista

 


Esse papo de que a gente precisa primeiro se amar para somente depois se tornar aprazível ao amor do outro é na teoria, bem simples de entender.

Mais ou menos como quando a gente viaja de avião e, antes mesmo de decolar, os comissários se apressam em avisar:
Em caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e somente depois auxilie quem estiver ao seu lado.
Ou seja, se você não se der conta de que precisa cuidar, antes de tudo, de si mesmo, não estará apto a cuidar do outro e nem despertará nele o desejo de cuidar de você.

Em outras palavras, caímos no famoso dito popular: se você não se amar, ninguém mais vai amar.

Sim, eu sei, na prática não é tão simples. Tem a ver com autoconhecimento, autoestima e noção de merecimento. Tem a ver com o modo como você se enxerga.

É tudo muito sutil, um tanto inconsciente, mas acredite: funciona exatamente assim!
Enquanto você não conseguir se enxergar como uma pessoa bacana, gente boa mesmo, que tem uma beleza autêntica e interessante, que pode se tornar mais e mais atraente, tanto por dentro quanto por fora, não vai convencer ninguém de que vale a pena ser amada.
Simplesmente porque nem você consegue fazer isso. Não consegue se amar. Não encontra motivos suficientes para isso.
Daí, jamais terá condições de reconhecer o amor que o outro pode te dar.

Sendo assim, o primeiro passo é descobrir as razões que a torna uma pessoa que vale a pena ser amada.
Peça aos amigos para te contar ao menos uma característica sua que poderia ser melhor.
E seja inteligente para aproveitar. Não tome tudo como uma crítica, ouça como uma oportunidade de crescer, evoluir.

E assim, lapidando seu corpo e sua alma, como um processo, uma reforma de si mesmo, estou certa de que, dia após dia, você vai se apaixonar por quem é, por quem você sempre foi, mas se deixou perder em meio a tantos medos e defesas. E quanto mais se olhar diante do espelho e se admirar, mais encontrará seu lugar no mundo. 
E mais certeza terá de que, apesar de não ser amado por todos – porque ninguém é unânime – será amado por quem tiver de ser. Por quem for compatível. Por almas afins, que se identificam e se complementam.

Amar a si mesmo é um exercício diário de autoconquista. Do mesmo modo que você ama o outro pelo que ele faz você sentir, também se ama, ou não, pelos sentimentos e sensações capaz de se provocar.
E é isso, exatamente isso, que faz com que o outro também se apaixone por você, ou não...

Tudo vai depender não de procurar a pessoa certa, mas de se tornar a pessoa certa!

Não de amar o outro para então ser amado, mas de se amar para então ser amado pelo outro e, em contrapartida, oferecer a ele o seu melhor e mais lapidado amor!

Dra Rosana Braga

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