A convivência diária nos apresenta inúmeras oportunidades de exercitar a misericórdia. Em geral estamos dispostos a suportar as fraquezas das pessoas mais queridas, das crianças, dos idosos, dos doentes ou dos loucos. Aí a misericórdia flui mais facilmente. Mas, quando se trata de lidar com pessoas egoístas, grosseiras, agressivas, dominadoras, competitivas, arrogantes, falsas, traidoras... a nossa disposição já não é a mesma.
Por que não as consideramos também como enfermas, como necessitadas de cura? Se o
fizemos, certamente conseguiremos ser mais misericordiosos para com elas e contribuiremos
para a sua cura efetiva.
"Ajudai-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais
suspire nem julgue as pessoas pelas aparências eterna, mas perceba a beleza interior dos
outros e possa ajudá-los
Ajudai-me, Senhor, para que os meus ouvidos sejam misericordiosos, de modo que eu esteja
sempre avento às necessidades dos meus irmãos, e não me permitais permanecer indiferente
diante de suas dores e lágrimas.
Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale
mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão.
Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas
obras e não se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto, de minha parte, aceitarei
as tarefas mais difíceis e penosas.
Ajudai-me, Senhor, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem
descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço: o meu repouso seja o servir
a outros.
Ajudai-me, Senhor, para que meu coração seja misericordioso, se torne sensível aos
sofrimentos dos outros; ninguém receba uma recusa do meu coração.
Que eu conviva sinceramente, mesmo com aqueles que abusam de minha bondade.
Quanto a mim, me encerro no Coração misericordiosíssimo de Jesus, silenciando aos outros o quanto tenho que sofrer" (Santa Faustina).
Escrito por Rhawy Chagas Ramos
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