sábado, 28 de janeiro de 2012

A ilusão é salgada


Alegria de festa é curiosa, é temporária, é turbilhão. Transitória, finita e muitas vezes, superficial.  Como maquiagem, sai com água e sabão. Termina com a última música.

É como a vida, quando fica desprovida de empolgação. Não rende novidade, não deixa marcas.
Quando a noite acaba a festa vai junto. A alegria fica fosca e some. A mão que te tirou pra dançar nem acena no dia seguinte. Os abraços são esquecidos, os diálogos parecem que nunca existiram.  Tudo que podia, agora é censurado, é irreal.

Os sorrisos desbotam, os olhares desviam-se. E dança só a da solidão.

Só resta a bagunça, a sujeira misturada ao colorido no chão, vestígios de desordem e aquela dorzinha de cabeça lembrando que algo saiu de controle.


A vida ilustra um lindo cenário, depois sacode a gente pra fora dele.  Não tem nada de festa. Às vezes parece mais é ressaca, das boas.

Pobre de quem não tiver na bolsa um engov.

Autoria: Yohana Sanfer

Nenhum comentário:

Postar um comentário