Alegria de festa é curiosa, é temporária, é turbilhão. Transitória, finita e muitas vezes, superficial. Como maquiagem, sai com água e sabão. Termina com a última música.
É como a vida, quando fica desprovida de empolgação. Não rende novidade, não deixa marcas.
Quando a noite acaba a festa vai junto. A alegria fica fosca e some. A mão que te tirou pra dançar nem acena no dia seguinte. Os abraços são esquecidos, os diálogos parecem que nunca existiram. Tudo que podia, agora é censurado, é irreal.
Os sorrisos desbotam, os olhares desviam-se. E dança só a da solidão.
Só resta a bagunça, a sujeira misturada ao colorido no chão, vestígios de desordem e aquela dorzinha de cabeça lembrando que algo saiu de controle.
A vida ilustra um lindo cenário, depois sacode a gente pra fora dele. Não tem nada de festa. Às vezes parece mais é ressaca, das boas.
Pobre de quem não tiver na bolsa um engov.
Autoria: Yohana Sanfer
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