Aqui, um trecho de
“Vento, areia, estrelas”:
“É difícil descrever o que se passa em minha alma. Olho para
o céu vejo milhares de estrelas soltas pelo universo, enquanto eu permaneço
preso a estas areias”.
“Mas, embora meu corpo esteja aqui, um pouco de mim é capaz
de viajar por este céu, e levar-me a mundos desconhecidos. Então, vejo que meus
sonhos são tão reais e concretos como estas dunas, esta lua, estas coisas que
me cercam”.
“Meus sonhos permitem que eu crie e habite num reino mais
poderoso que este império francês. Eles vão me ajudar a construir o futuro, uma
casa – porque a beleza das casas não reside no fato de que são feitas para
abrigarem homens, mas na maneira em que são concebidas”.
“No dia em que eu construir minha casa, quero que ela
consiga dizer algo. Que ela seja um sinal, um símbolo. Deixarei que a casa de
meus sonhos surja do meu interior, como a água surge da fonte, ou a lua do
horizonte”.
Sant-Éxupery jamais realizou este sonho; o avião que
pilotava desapareceu, cruzando o Mediterrâneo, durante a II Guerra Mundial.
Paulo Coelho
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