quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A reflexão

O piloto Antoine Saint-Exupery (1900-1944), um dos maiores escritores franceses deste século, tornou-se mundialmente conhecido com seu “O pequeno príncipe”.

Aqui, um trecho  de “Vento, areia, estrelas”:

“É difícil descrever o que se passa em minha alma. Olho para o céu vejo milhares de estrelas soltas pelo universo, enquanto eu permaneço preso a estas areias”.

“Mas, embora meu corpo esteja aqui, um pouco de mim é capaz de viajar por este céu, e levar-me a mundos desconhecidos. Então, vejo que meus sonhos são tão reais e concretos como estas dunas, esta lua, estas coisas que me cercam”.

“Meus sonhos permitem que eu crie e habite num reino mais poderoso que este império francês. Eles vão me ajudar a construir o futuro, uma casa – porque a beleza das casas não reside no fato de que são feitas para abrigarem homens, mas na maneira em que são concebidas”.

“No dia em que eu construir minha casa, quero que ela consiga dizer algo. Que ela seja um sinal, um símbolo. Deixarei que a casa de meus sonhos surja do meu interior, como a água surge da fonte, ou a lua do horizonte”.

Sant-Éxupery jamais realizou este sonho; o avião que pilotava desapareceu, cruzando o Mediterrâneo, durante a II Guerra Mundial.

Paulo Coelho

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