sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A carência nossa de cada dia


 O nome carência já lembra necessidade, falta de algo.
E assim sendo, somos todos carentes de alguma coisa.
Começa na infância, com o abandono, a falta de carinho, do colo, do afeto e com o desprezo.
Segue na adolescência por um amor não correspondido e nos acompanha pela vida inteira.
É um buraco que cresce a cada dia no nosso peito e que o outro não pode preencher.
Quem é carente sofre com os amigos, porque quer agradar à todos, privando-se de seus desejos e vontades.
Sofre nas relações porque espera que o outro lhe aceite, sofre no trabalho porque nem sempre defende suas opiniões.
A carência é a maior prova de que precisamos nos amar de verdade. Um processo que para mim pode levar grande parte da vida.
Amar a si sem ser um escravo do elogio alheio, sem deixar que a carência tome conta da sua vida.
A carência é um atestado que oferecemos a nós mesmos sobre a nossa incapacidade de acreditar na força do amor próprio.
Deixe de ser dependente do amor que vem de fora e experimente pelo menos um pouco do amor que existe em você.
Desta forma, acredito que estaremos colocando em prática o amor como ele deve ser.
Somente quem se ama será capaz de amar ao outro.
Ame o outro como a ti mesmo.
Já ouviu isto antes?
É bem velho, bem antigo e tão pouco colocado em prática nos dias atuais.
Estou disposto a pintar minha própria felicidade e deixar as carências que alimentei pelo caminho.
Siga-me.
Hoje não quero mandar um abraço e sim o desejo que você possa se abraçar.

Geninho Goes

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