Se isso já aconteceu com você,
lembre-se: este é um sinal de que você está em paz consigo mesmo, e, portanto,
com o mundo a sua volta!
Por vezes, podemos estar aparentemente calmos, sentados
frente à TV, mas, internamente, nossa mente não soa bem: escutamos sons,
palavras soltas e pensamentos desconexos que revelam a inquietude de nosso
mundo interior.
No entanto, quando nossa mente está descansada, calma e
aberta, podemos escutar melodias enviadas por nós mesmos.
Todos nós somos compositores de nosso mundo interior!
Como um eco de nossa alma, escutar a música interior é uma
das formas mais íntimas de sentirmos a vibração da própria vida.
O tom, o ritmo e a cadência desta desconhecida melodia, nos
revelam mensagens de nosso corpo e de nossas emoções: expressões de sentimentos
profundos que estão além das palavras.
Como nos faz bem escutá-las!
A escuta da melodia interior purifica nossos pensamentos
negativos e gera bem-estar.
.....
Para ativar a mente sensorial que nos aproxima do mundo
interior, precisamos aquietar a mente racional, viciada em avaliar e julgar tudo
que ouve e vê.
Quantas vezes nos pegamos julgando atitudes como se fossemos
árbitros.
Estamos tão viciados nos estímulos do mundo exterior que, na maioria
das vezes, desconhecemos as melodias de nosso mundo interior. Raramente paramos
para escutá-las.
Infelizmente, uma das grandes perdas em nossa evolução
humana tem sido justamente a queda de nossa sensibilidade: estamos mais toscos,
mais grosseiros, menos seletivos. Muitas vezes, a música está presente e nem
nos damos conta de que há uma música sendo tocada.
Uma das razões pelas quais os sons da natureza nos fazem bem
é que eles simplesmente não ultrapassam o limite tolerado pelo ser humano, o
nosso limite interior!
Os sons dos pássaros,
da água, do vento batendo nas folhas são naturalmente regeneradores!
Por isso é que a simplicidade e a musicalidade do sertão nos
fazem tão bem!
Sentir o cheiro da terra, o canto dos pássaros, barulho da
água corrente, o vento que acaricia as plantas, enfim, a simplicidade da vida
que se forma, tão bela por ser SIMPLES!
Sinto falta da sinceridade da alma do sertão, da fé daqueles
que acreditam na terra, na simplicidade das respostas, em Deus que tudo vê e
provê!
É no cotidiano simples de um ambiente rural, que podemos
observar grandes lições da natureza:
a força da semente, que apesar de pequena,
rompe a terra e torna-se broto…
a paciência das flores que esperam a estação
certa para expandir sua beleza…
o ciclo da lagarta que rasteja o tempo
necessário para se fortalecer e, mais tarde, alçar voo…
a acidez do limão, que
bruto torna-se intragável, mas, acrescido do açúcar na quantidade certa,
transforma-se em gostosa limonada…
a inteligente arquitetura do joão-de-barro
que observa atentamente a posição do vento e da chuva, antes de construir seu
ninho…
Remeto-me a música de Victor e Leo:
Que belas canções possam ecoar em seu interior!
Beth Landim
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