Há dor de todo tipo:
– de amor não correspondido,
– do corpo, dos órgãos, dos sentidos.
– de banzo não explicado, nostalgia indefinível
– de inveja,
– de covardia,
– de ciúmes,
– pela traição de amigos,
– por paralisia, impotência,
– de arrependimento,
– por um revés econômico,
– pela separação, amputação de sonhos,
– de saudades,
– de remorso pela dor infligida ao Outro,
– por uma injustiça injustificável,
– por ausência de fé em si mesmo,
– por ressentimento, cancro mortal que estanca a fluência,
– por sabermos que não somos o que pensávamos ser,
– por sofrer preconceito, de qualquer ordem,
– de ódio,
– por se sentir excluído,
– pela morte de alguém muito íntimo,
– por não alcançar o próximo mais próximo.
O coração mói
a dor
(ou muitas).
Cada uma (espera-se),
ensacada e armazenada,
não seja nascida
em vão.
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