segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sobre a gratidão e outras coisas


O meu maior defeito é esperar retribuição.
Desculpe, mas eu precisava me abrir com você. Eu espero, sim, que o outro reconheça o que faço.
Sou humana. Acho que na vida tudo vai e vem. São duas mãos.
Eu faço, você (teoricamente) faz e assim a gente se ajuda e tenta viver melhor.
Mas nem sempre é assim.

Não gosto de ingratidão.
Honestamente, não quero um presente bem embrulhado com fita prateada. Não quero flores nem chocolates.
Não quero tapete vermelho nem puxação de saco.
Não quero um cartão cheio de traquitanas.
Só quero que você agradeça de coração aberto e sinceridade brilhando nos olhos. Mais nada.

Duvido que uma pessoa faça, faça e faça sem esperar pelo menos um obrigado. Não estou levantando a bandeira do faça-e-espere-um-agradecimento.
Estou apenas contando para você como me sinto. Fico bem chateada quando alguém pede a minha ajuda e age como se aquilo fosse a minha obrigação.
Da mesma forma que fico bem sentida quando me ofereço para ajudar, me viro em mil, me desdobro e a pessoa nem liga.
Ser grato é tão bonito, faz tão bem.

Faço as coisas porque quero. Essa é a minha verdade.
Faço de coração, sim.
Mas tenho sangue correndo nas veias, tenho sentimento e espero que a pessoa valorize o que fiz por ela, da mesma forma que valorizo o que fazem por mim.
Não esqueço de quem me estende a mão.
Minha memória não é curta. Apesar de eu esquecer nomes, jamais deixo passar batido o que fazem por mim.
Porque aprendi que ajudar o outro é bonito.
Mas ser grato é mais bonito ainda...

Clarissa Correa

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