quarta-feira, 30 de maio de 2012

A grandeza da paciência


Os santos diziam que há dois tipos de martírio: o da morte pela espada; e o da morte pela paciência.
A paciência é uma forma de martírio que vence todo sofrimento.
Não há barreira espiritual que não caia pela força da paciência, a qual é fruto da fé, da humildade e do abandono da vida em Deus.

Quando os nossos pecados e fraquezas nos assustam e nos desanimam é preciso ter paciência também conosco e aceitar a nossa dura realidade.
Quando é difícil caminhar depressa, então, é preciso ter paciência e aceitar caminhar devagar.
 José e Maria salvaram o Menino Jesus das mãos de Herodes indo passo a passo até o Egito por um longo deserto de 500 km.
A paciência do cristão não é vazia nem significa imobilismo ou resignação mórbida; tampouco perda de tempo. Não. É a certeza de que tudo está nas mãos d’Aquele que tudo pode.

“Um espírito paciente vale mais que um espírito orgulhoso. Não cedas prontamente ao espírito de irritação; é no coração dos insensatos que reside a irritação”.
O que não pudermos mudar em nós ou nos outros, deveremos aceitar com paciência, até que Deus disponha as coisas de outro modo.
Ninguém perde por esperar!
Maria, nossa Mãe, é a mulher da paciência. Sempre soube esperar o desígnio de Deus se cumprir, sem se afobar, sem gritar, sem reclamar…
A paciência é amiga do silêncio e da fé. É a paciência que nos levará para o céu!

“Meu filho, se entrares para o serviço de Deus (…) prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência (…) não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência” (Eclo 2,1-3).

“Aceita tudo o que te acontecer; na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação”.
Muitas vezes, a vontade de Deus permite que as cruzes nos atinjam; curvemos a cabeça com humildade e paciência.

Beijar, agradecidos, esta mão invisível que, muitas vezes, permite que sejamos feridos, agrada a Deus e nos atrai as bênçãos do Céu.

Para meditar: Ensinamentos dos Santos Doutores:

Santo Afonso: “Neste vale de lágrimas não pode ter a paz interior senão quem recebe e abraça com amor os sofrimentos, tendo em vista agradar a Deus”. Segundo ele “essa é a condição a que estamos reduzidos em conseqüência da corrupção do pecado”.

Santo Agostinho: “Quando se ama não se sofre, e se sofre, ama-se o sofrimento”.

São Francisco de Sales: “As cruzes que encontramos pelas ruas são excelentes, e que mais o são ainda – e tanto mais quanto mais importunas – as que se nos deparam em casa”.

Santa Teresa D’Ávila ensina: “Nada te perturbe; nada te espante. Tudo passa. Só Deus não muda; a paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta: Só Deus Basta!”.

Fonte: Professor Felipe Aquino

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