Pouco importa em que fase da vida estejamos.
As estações que se renovam nos dão a sábia oportunidade
de encontrarmos novas razões de viver e encantamento
pelas coisas simples que tecem a vida.
Primavera não é apenas tempo de borboletas, trinados de
pássaros, desabrochar de flores. É a estação para ressuscitar
sonhos, esquecer dissabores e estar atentos a novos amores.
É tempo também de abrir janelas e deixar que entrem por elas, mais vida, mais luz...
E por que não, tempo de transformar textos, de dar
um toque de prosa no que deveria ter sido poesia ?!
Primavera chegando ...
Já experimentou usar flores e folhas para pintar?
Convidar crianças para entrar na brincadeira?
Vai estragar o jardim ?
As flores duram alguns dias, muito tempo dura
a amizade, o aprendizado, a alegria!
Hei! Estação nova chegando! Vamos lá! Na primavera,
que tal mudar a forma de pintar ?
É isso mesmo! Sugiro aproveitar pétalas de flores, folhas,
vegetais, terra e outras cores naturais, fáceis de encontrar.
Recolha também juras de amor sob a lua cheia,
mãos entrelaçadas de namorados a caminhar na areia!
Resgate sonhos antigos, planos e ilusões, até!
Experimente uma iluminada ideia, com toques de fé!
Junte fragmentos de angústia, cacos de dor
e dê realce à pintura, com cores complementares!
Pegue aqueles tons suaves de ternura e paz,
algum filete de fonte cristalina que a sede desfaz!
Vá com calma, construa seu caminho com arte,
as pegadas serão seguidas, mesmo que em parte!
Solte a voz, cante para o sol, mesmo desafinado.
Poderá acompanhar você, um coral, em trinados!
Plante sementes de alegria, vida e esperança!
Perdoe, é possível, e ajude a curar lembranças.
Quem sabe, uma poda aqui, outra ali, faz parte...
Tudo com carinho e um pouco de arte!
Vamos lá, mude a forma de pintar !
Que tal, uns riscos e rabiscos de poetar ?
Poema-primavera, para mim, é assim:
Uma braçada multicor de belas flores, colhidas no jardim
e nas estradas da vida, que se vai contemplando e ajeitando.
No desejo de que fique o mais correto, envolvemos
amores e flores com fitas generosas de cuidados e afeto.
Texto de Ir. Zuleides Martins de Andrade, ASCJ
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