segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Primaverando


Pouco importa em que fase da vida estejamos. 

As estações que se renovam nos dão a sábia oportunidade 
de encontrarmos novas razões de viver e encantamento 
pelas coisas simples que tecem a vida. 

Primavera não é apenas tempo de borboletas, trinados de
pássaros, desabrochar de flores. É a estação para ressuscitar
sonhos, esquecer dissabores e estar atentos a novos amores.

É tempo também de abrir janelas e deixar que entrem por elas, mais vida, mais luz... 

E por que não, tempo de transformar textos, de dar 
um toque de prosa no que deveria ter sido poesia ?! 

Primavera chegando ... 

Já experimentou usar flores e folhas para pintar? 

Convidar crianças para entrar na brincadeira? 
Vai estragar o jardim ? 

As flores duram alguns dias, muito tempo dura 
a amizade, o aprendizado, a alegria! 

Hei! Estação nova chegando! Vamos lá! Na primavera, 
que tal mudar a forma de pintar ? 

É isso mesmo! Sugiro aproveitar pétalas de flores, folhas, 
vegetais, terra e outras cores naturais, fáceis de encontrar. 

Recolha também juras de amor sob a lua cheia, 

mãos entrelaçadas de namorados a caminhar na areia! 

Resgate sonhos antigos, planos e ilusões, até! 

Experimente uma iluminada ideia, com toques de fé! 

Junte fragmentos de angústia, cacos de dor 

e dê realce à pintura, com cores complementares! 

Pegue aqueles tons suaves de ternura e paz, 

algum filete de fonte cristalina que a sede desfaz! 

Vá com calma, construa seu caminho com arte, 

as pegadas serão seguidas, mesmo que em parte! 

Solte a voz, cante para o sol, mesmo desafinado. 

Poderá acompanhar você, um coral, em trinados! 

Plante sementes de alegria, vida e esperança! 

Perdoe, é possível, e ajude a curar lembranças. 

Quem sabe, uma poda aqui, outra ali, faz parte... 

Tudo com carinho e um pouco de arte! 

Vamos lá, mude a forma de pintar ! 

Que tal, uns riscos e rabiscos de poetar ? 

Poema-primavera, para mim, é assim: 

Uma braçada multicor de belas flores, colhidas no jardim 
e nas estradas da vida, que se vai contemplando e ajeitando. 
No desejo de que fique o mais correto, envolvemos 
amores e flores com fitas generosas de cuidados e afeto. 

Texto de Ir. Zuleides Martins de Andrade, ASCJ


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