domingo, 3 de março de 2013

Reencontro

[.....]  Essa frase penetrou profundamente em mim.
Como podemos estar lúcidos e plenos para acreditar naquilo que não estamos vendo? 
Como conseguiremos continuar procurando o que não está presente? 
Nesse mundo materialista e cercado de certezas absolutamente improváveis, continuamos acreditando somente naquilo que vemos ou tocamos. 

Vivemos dentro de uma medíocre normalidade que nos leva aos mesmos trilhos, caminhos largos ou alargados por outros pés. 
Enxergar o que não se vê é sair da confortável estrada para um outro caminho, quase sempre íngreme, a ser inventado pelos nossos próprios passos. 
É sair de trilhos já construídos para encontrar a nossa trilha.

Ver o que não está aqui, continuar procurando o que não estou vendo... Será que poderemos ser chamados de loucos? 
Buscar a transcendência é abrir os olhos para uma nova visão e oferecer os ouvidos a uma nova escuta. Temos padecido de cegueira e de surdez. 
Vivemos o tempo do absurdo. Estamos aqui para empreender uma tarefa única e intransferível. 

Somos únicos e seja lá qual for a idade do nosso corpo, nossa alma pode realizar o benefício de uma diferença. Não devemos nos acomodar a uma miséria confortável e inútil.

O que eu preciso reencontrar? ..... O que ando deixando para trás nessa estrada pela qual estou caminhando?
Jane Mahalem do Amaral
Fragmentos do texto Reencontro : Nossas Letras - Letras, Arte e Cia

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