terça-feira, 27 de março de 2012

Felicidade não se compra se sente

Quem tem conhecimento não precisa ficar constantemente provando isso aos outros, 
quem tem dinheiro não se sente na obrigação de tornar isso evidente aos olhos de todos. 

Da mesma forma, quem faz o bem não se sentirá impelido a tornar a sua obra conhecida de todos. 

Até os que são verdadeiramente felizes não precisam passar a vida tentando convencer os outros de sua felicidade. 
Quando tudo isso é de verdade e é encarado como uma conquista sadia, costuma gerar uma paz serena na alma e um leve sorriso no olhar.

Aquilo que é, se impõe com naturalidade, do contrário, quando algo apenas parece ser e carece de fundamentação sólida, requer um esforço tão estressante e se mostra tão pouco eficiente que sempre acaba por gerar descontentamento.

No livro do êxodo encontramos a autodefinição que Deus faz a Moisés: “eu sou aquele que é”. 
Se por um lado, ao longo da história, tantos tentaram definir Deus com inúmeros adjetivos, ele mesmo se auto define: “aquele que é”. 
Nesse ponto está algo verdadeiramente importante: nós, seres humanos, imagem e semelhança de Deus temos uma essência. 
Tudo mais que nos cerca é apenas circunstância. 

Hoje podemos ter e amanhã não termos mais, de qualquer forma, aquilo que somos verdadeiramente ultrapassa qualquer condição que quisesse nos definir: dinheiro, felicidade, conhecimento. 
Seremos, na nossa essência, sempre mais do que qualquer coisa que possamos vir a ter.

A partir desse olhar, tudo fica muito mais simples. Toda vez que as coisas ou as circunstâncias quiserem nos iludir, pensaremos: “isso não é a minha essência. 


É apenas um isso. E basta”.


Dalcides Biscalquim

Nenhum comentário:

Postar um comentário