A moça, inocente de vida, nada para oferecer, pegou nos braços o recém-nascido. Sentiu-se flutuar! Não sabia se por felicidade genuína ou se por efeito do enorme senso de responsabilidade que a invadia, tudo acompanhado de descomunal sentimento de confusa impotência! Medo!!!
Tremeu! Apertou suavemente o bebê ao peito, contemplou–lhe o rostinho, as mãozinhas sempre próximas do queixo tentando escaparem-se do agasalho, como que já tateando o mundo... Sorriu-lhe. E ela, ao erguer a face para despedir-se da enfermeira, viu que de dentro de si erguia-se também outro ser. Era uma loba, uma tigresa, uma leoa?! A Mulher!
Ela dava à luz um filho, e o filho dava a ela todo o Universo!
Inerita Alcantara - Nossas Letras
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