quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Amor é o segredo da vida.

Quando um homem ama, é desnecessário exigir que honre seu pai e sua mãe, ou que não mate.
Para o homem que quer bem a seu próximo é uma ofensa exigir que não roube - como poderia roubar quem ama? E seria supérfluo pedir que não levante falso testemunho - pois jamais faria isto, como seria incapaz de desejar a pessoa que o outro ama.

Portanto, “o amor é o cumprimento da Lei”.

O Amor é a regra que resume todas as outras regras.

O Amor é o mandamento que justifica todos os outros mandamentos.

O Amor é o segredo da vida.

São Paulo terminou aprendendo isto, e nos deu, na carta que lemos agora, a melhor e mais importante descrição do summum bonum, o Dom Supremo.

S.Paulo começa a comparar o Amor com outras coisas que, em seu tempo, tinham muito valor para os homens.

Faz pouco tempo, estive no coração da África, perto dos Grandes Lagos.

Ali, entrei em contato com homens e mulheres que lembravam-se com carinho do único homem branco que conheceram. David Livingstone.

E, ao seguir os passos dele pelo Continente Negro, o rosto das pessoas se iluminava quando me contavam sobre um doutor que por ali havia passado três anos antes.

Eles não podiam compreender o que Livingstone dizia. Mas sentiam o Amor que estava presente em seu
coração.

Carreguem este mesmo Amor com vocês, e o trabalho de suas vidas estará plenamente justificado.

Vocês não podem possuir nada mais eloqüente que isto, quando forem falar de Deus e do mundo espiritual. De nada adianta seguir adiante - levando relatos de milagres, testemunhos de Fé, belas orações.

Se vocês tiverem tudo isto, e esqueceram o Amor, para nada servirá tanto esforço.

Porque vocês podem conseguir tudo. Podem estar prontos para qualquer sacrifício.

Mas se entregarem seus corpos para serem queimados, e não tiverem Amor, isto não significará nada para vocês nem para a causa de Deus.

Paulo Coelho

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