quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Casa sem espelho


Ando pensando demais nos outros e esquecendo de mim. 
Ando dando ouvidos demais aos outros e esquecendo do que meu coração diz. Estou começando a cansar dessas coisas que me trazem apenas uma paz momentânea, e esquecendo daquilo que me traz uma paz infinita. 
Ando meio cega, meio perdida, meio sem rumo. Apesar de sempre achar que estou conseguindo fazer o que eu quero fazer, mas meio que sem querer as coisas se desfazem, não se encaixam mais, se perdem. E então, eu percebo que tudo não passou de ilusão ou de coisinhas que uma típica sonhadora como eu costuma pensar. 

Ilusão, acho que é uma das únicas que não sei ao certo como explicar. Porque sempre que eu acredito que aprendi a não tropeçar nas minhas próprias palavras, vem alguém ou algo e me faz cair de novo. 
E então, percebo que por mais que eu aprenda no momento, eu desaprendo rápido também, e essas coisas começam a se tornar costume. 

Tropeçar e cair já virou um costume. Mas mesmo assim, não continuo no chão, eu me ergo, me levanto, eu sorrio, eu tento esquecer e continuar vivendo. 
Até o momento que eu caio de novo, mas eu me levanto de novo e de novo e de novo. 
Porque eu sei que em algum momento a felicidade irá ser verdadeira, por mais que demore, meus sonhos de felicidade um dia vão sorrir pra mim, e não estarão sorrindo apenas dentro do meu pensamento, eles estarão frente a frente comigo. E pra sempre. 

Não da maneira que sempre esteve, não da maneira que a falsidade estava. Quando minha felicidade plena chegar, estarei sorrindo para a realidade, e não apenas pros meus sonhos. 
Eu estarei vivendo meus sonhos, e não apenas tentando torná-los realidade. 
Eu estarei voando com os pés no chão, mas com a realidade e os sonhos de mãos dadas comigo. E é isso que eu quero. 

Quero viver em paz absoluta, quero sorrir sabendo que será verdadeiro. 
E não quero apenas me perder em falsas palavras de falsas pessoas que me fazem ter falsos sonhos que nunca se tornarão reais.

Letícia Nogara

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