Ando pensando demais nos outros e esquecendo de mim.
Ando dando ouvidos demais aos outros e esquecendo do que meu coração diz. Estou começando a cansar dessas coisas que me trazem apenas uma paz momentânea, e esquecendo daquilo que me traz uma paz infinita.
Ando meio cega, meio perdida, meio sem rumo. Apesar de sempre achar que estou conseguindo fazer o que eu quero fazer, mas meio que sem querer as coisas se desfazem, não se encaixam mais, se perdem. E então, eu percebo que tudo não passou de ilusão ou de coisinhas que uma típica sonhadora como eu costuma pensar.
Ilusão, acho que é uma das únicas que não sei ao certo como explicar. Porque sempre que eu acredito que aprendi a não tropeçar nas minhas próprias palavras, vem alguém ou algo e me faz cair de novo.
E então, percebo que por mais que eu aprenda no momento, eu desaprendo rápido também, e essas coisas começam a se tornar costume.
Tropeçar e cair já virou um costume. Mas mesmo assim, não continuo no chão, eu me ergo, me levanto, eu sorrio, eu tento esquecer e continuar vivendo.
Até o momento que eu caio de novo, mas eu me levanto de novo e de novo e de novo.
Porque eu sei que em algum momento a felicidade irá ser verdadeira, por mais que demore, meus sonhos de felicidade um dia vão sorrir pra mim, e não estarão sorrindo apenas dentro do meu pensamento, eles estarão frente a frente comigo. E pra sempre.
Não da maneira que sempre esteve, não da maneira que a falsidade estava. Quando minha felicidade plena chegar, estarei sorrindo para a realidade, e não apenas pros meus sonhos.
Eu estarei vivendo meus sonhos, e não apenas tentando torná-los realidade.
Eu estarei voando com os pés no chão, mas com a realidade e os sonhos de mãos dadas comigo. E é isso que eu quero.
Quero viver em paz absoluta, quero sorrir sabendo que será verdadeiro.
E não quero apenas me perder em falsas palavras de falsas pessoas que me fazem ter falsos sonhos que nunca se tornarão reais.
Letícia Nogara
Letícia Nogara
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