segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A sensação do não-feito

“Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo”, 
Carlos Drummond de Andrade

.
Muitas pessoas dizem no fim do ano que o próximo será diferente. 
“Farei o que não fiz”; 
Ir à igreja, na academia regularmente, 
fazer dieta, 
ler mais, 
ser mais generoso (a), 
comprar um carro, casa ou reformá-la 
são alguns dos itens que aparecerem no primeiro parágrafo da lista fictícia.

Alguns ficam tristes olhando para trás relendo sua lista imaginária do que não cumpriu. Mas, devemos levar em consideração que se não foi realizado há sempre um bom motivo para isso. 
Se perguntar o porquê não fez determinada coisa vai ajudar a encontrar razões afetivas para explicar o não-feito ou adiamento de determinada ação.

Organizar metas a curto, médio e longo prazo é tradição. Faz parte da “Festa da Virada”, apesar de que a euforia dura um dia. 
O primeiro dia do ano. O resto, míseros 364, chega como um tsunami logo no dia seguinte.

Quero dizer aqui neste breve comentário que não há necessidade de martírio pelo que não foi realizado. 
Há um longo caminho pela frente e que o ano novo seja repleto de boas oportunidades para fazê-lo.

Deixo aqui as palavras de Drummond: “Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”.

Por Roney Moraes
Jornalista, Psicanalista, Teólogo

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