sábado, 8 de agosto de 2015

Ser pai

Pensando na família...datas especiais provocam saudades, um misto de nostalgia, também.. 


“Acreditar que basta ter filhos para ser pai é o mesmo que pensar que basta ter um instrumento para ser músico.” 

O extraordinário tem um papel pedagógico: realçar o rotineiro, agregando significância. Pai e mãe são diários, presença instantânea, relação vital. Porém, num dia específico vem à tona um caudal de sentimentos que mexe e remexe a interioridade, aguçando lembranças, provocando olhares mais demorados. Até o abraço acaba tendo um outro ‘sabor’. 

A gratidão se evidencia, as mágoas desaparecem, trégua à disciplina. Nada substitui uma família unida e reunida. 

São poucos os momentos onde a unidade se transforma em motivo de festa. 

Ser pai vai muito além do que simplesmente ter gerado filhos. Não é um conjunto de tarefas e obrigações. É um dom que ultrapassa o entendimento. 

Ser pai é sentir com o coração o milagre da vida. É acompanhar o crescimento, é ser plantonista do amor. Nem sempre é permitido interagir, privilegiando a quantidade de tempo. Mas sempre será possível qualificar a convivência, entrelaçar pertença, festejar a essência. 

Ser pai é ser inspiração, não escondendo a emoção. Ao olhar para a vida que fora gerada, um pai deveria derramar interiormente lágrimas de alegria. Pois nada é mais maravilhoso do que participar da obra da criação. 

Ser protagonista de uma nova existência é ser artista de uma inexplicável obra-prima. Um pai é chamado à contemplação. É maravilhoso olhar com ternura e demoradamente o filho gerado. 

É segurar no colo, independentemente da idade e do peso. Filhos são para sempre. Essa relação é regada por um eterno amor. Algo profundamente místico e encantador. 

Que a proximidade entre pai e filho aconteça harmoniosamente. 
Tornar a relação familiar uma contínua festa não é difícil. Basta deixar-se invadir pelo amor à família, que é comprovadamente a maior de todas as riquezas. 

Família: caminho de felicidade. Bênçãos! Paz e Bem! Santa Alegria! Abraço!

Frei Jaime Bettega

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