...Mas a saudade, para quem crê, é irmã gêmea da esperança. Juntas, abraçadas, caminham na vida e na morte. Pobre de quem chega ao fim da vida e não sente saudade de nada, de ninguém. É alguém que passou pela vida, mas não viveu. E quem não sente saudade também não tem esperança.
A saudade de quem parte, até mesmo nas muitas e cotidianas despedidas da vida, já traz a esperança do reencontro. Assim é um pouco a despedida definitiva desta vida: diante do túmulo de quem partiu, a saudade é sinal, prenúncio e esperança de um reencontro feliz, um dia, na Casa do Pai.
Contemplando o rosto sereno de quem cumpriu plenamente sua missão na vida, compreendi que, na morte de quem parte, a saudade de quem fica alimenta a esperança de uma vida sem morte nem dor...
Attílio I. Hartmann, SJ
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