quarta-feira, 31 de julho de 2013

A canção de qualquer mãe

"Filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter"


Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta.
Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. 
Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação.
Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. 
Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. 
Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante.

Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! 
Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. 
Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. 
Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. 
Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entender vai absorver; e o que não absorver vai enfeitar e tornar bom.

Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. 

Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e se tantas vezes só de olhar para vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí. 
Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu precise de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. 
Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem. 

Toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento.

Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. 

A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. 

E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.

Lya Luft

terça-feira, 30 de julho de 2013

Me ame com fé


A fé casa mais do que o amor.

A fé é uma esperança que não morre.

Que você tenha fé em mim mais do que esperança.

Pela fé acreditará sempre em mim, tanto faz o que aconteça, tanto faz o desespero.

Estará comigo na pobreza, na doença, na falência, na dor, na angústia até a noite escura dobrar a esquina do sol.

Hoje todo mundo não quer relacionamento, mas felicidade. Ser feliz o mais rápido possível.

Felicidade é fácil, a fé é difícil.

Felicidade no empurra ao descarte, fé nos ensina a valorizar o pouco que somos.

Felicidade é atingir objetivos, fé é não largar a mão de nossa companhia mesmo quando os objetivos não são atingidos.

A fé é estar junto mesmo quando somos tristes. É ajudar o outro a se levantar. É não abandonar o outro porque ele está passando dificuldades.

A fé é uma certeza para suportar todas as demais dúvidas.

O amor nunca passa sem a fé. A felicidade passa, sempre passa.

Amor nos leva para fé, a felicidade só nos leva ao egoísmo.

Fabrício Carpinejar

domingo, 28 de julho de 2013

Eu vou seguir assim...


Hoje eu sentei na varanda e fiquei horas colhendo estrelas com os olhos.
Fiquei brilhando por dentro, irradiando uma paz que há tempos se apagou, e só hoje voltou a brilhar.
As tristezas que eu levava comigo murcharam, definitivamente. As joguei fora.
Não guardo mais velhas dores e nem amores desbotados.
Tem tantos sorrisos brotando por aí. 
Cuidarei deles, pra que nunca morram.
E vou seguir assim. Plantando otimismo, pra colher FELICIDADE!

Karla Tabalipa

Expectativa



Não gosto de ter a expectativa como companhia.

Ela é muito tagarela e deixa meu coração agitado.

Gosto mesmo é quando o inesperado se aproxima de mansinho, sossegado

feito vento acariciando meus cabelos me presenteando com sentimentos poetizados

enfeitando meus pés com flores, fazendo a lua brincar no meu telhado.

Renata Fagundes

quinta-feira, 25 de julho de 2013

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Prato difícil de preparar

Porque minha família é o melhor prato que existe!


"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema... Não é pra qualquer um.
Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes dá até vontade de desistir... Mas a vida sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. 

O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente... Já estão todos ai? Ótimo. 

Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. 

Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. 
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar, tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. 

Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e pronto: é um verdadeiro desastre. 
Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. 
Outra coisa, é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga desandou a receita de toda a família só porque meteu a colher na hora errada. 

O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. 
Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria). 

Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só pra manter a linha. Seja como for, família é prato para ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. 
A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. 
A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. 

Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco feito eu. 
O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. 

Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.

Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."

(Trechos do livro "Arroz de Palma" de Francisco Azevedo)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Nos casos de decepção

Alguém definiu assim a decepção: 

"É um grande bem esperado que não acontece ou é um grande mal não esperado que acontece". 
Se esta definição não é completa, pelo menos satisfaz.
Geralmente, a decepção que mais dói na alma é a que vem de pessoas que amamos. 
Os amigos existem para nos ajudar no que não podemos, para nos iluminar no que não entendemos e para nos amparar no que supera nossas forças.
A decepção tem provocado em muitas pessoas traumas e revoltas e tem tolhido iniciativas. 
Não é raro o caso de pessoas que se fecharam para não acreditar mais em ninguém; 
é comum o caso de pessoas que vivem recalcadas e cheias de medo; 
é comum o caso de pessoas que se deixaram abater pela tristeza e pelo desânimo de empreender mais nada na vida. 
Tudo isso por causa de uma decepção que veio!
É evidente que se deixar abater por uma decepção que vem pode levar ao fato mais triste ainda de um esvaziamento interior. 
Temos de contar com as misérias humanas e também a decepção está no meio dessas misérias.
Há uma regra para os casos de decepção. É esta: 
"Se um falhou, um outro pode não falhar". 
A ninguém cabe o direito de desconfiar de todo o mundo só porque uma vez confiou em alguém em vão!
Pense nestas palavras se lhe acontecer um dia o caso de uma decepção, não importa de onde venha nem de quem venha!

Texto retirado do livro de Pe. Orlando Gambi 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Eu Quero Falar de Amor


Vendo tanto sofrimento,
espalhado pela vida,
quero parar um momento,
pra buscar uma saída,

que seja alegre e risonha,
como a beleza das flores,
que muitos encantos ponha,
nas almas dos sonhadores,

que carregam no seu peito,
a ilusão do amor perfeito,
sem mágoas e sem dissabor.

que possa embalar corações,
e ao som de bonitas canções,
eu quero falar só de amor . . .

Samuel Nunes

Letra para um hino


É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.


Manuel Alegre

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Não estrague seu dia


A sua irritação não resolverá problema algum...

As suas contrariedades não alternarão a natureza das coisas...

Os desapontamentos não farão o trabalho que só o tempo poderá fazer...

O seu mau humor não modificará a vida...

A sua dor não impedirá que o sol brilhe sobre os bons e os maus...

A sua tristeza não iluminará os caminhos...

O seu desânimo não edificará a ninguém...

As suas reclamações, mesmo efetivas, não acrescentarão nos outros um grama de simpatia por você...

Aprenda com sabedoria a desculpar infinitamente, 

construindo e reconstruindo para a ETERNIDADE...

(Autor desconhecido)

sábado, 20 de julho de 2013

Dia do Amigo

Texto bem atual sobre amizade verdadeira....


Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.

Os amigos são para toda vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.

Temos o costume de confundir amizade com onipresença, e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.

Amizade não é dependência, submissão. Não se tem amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.

Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado!

O que é mais importante: a proximidade física ou a afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.

Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.

Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem estar.

Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente. Não vou mentir a eles, “vamos nos ligar?”, num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.

Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo final de semana ou me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso os encontre, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.

Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.

Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia. Significativos em cada etapa de formação. Não estão na nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinado, de forma perceptível, as nossas atitudes.

Quantas juras foram feitas em bares a amigos bêbados e trôpegos?

Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.

Fabrício Carpinejar

sexta-feira, 19 de julho de 2013

20 anos cego / (uma estória de amor)



Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes.

Até que um dia... Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.

O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la.

O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo. Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.

Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.

Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.

Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto. Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:

-Tudo bem com você meu amor?

-Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.

Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:

"Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro. E Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim, como um monstro... Obrigado Senhor!"

Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias dizia-lhe:

-COMO EU TE AMO. Você é linda demais. Saiba que você é e será sempre, a mulher da minha vida!

E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer.

No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos em lágrimas, sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos.

Chegou perto do caixão, beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:

-"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".

Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que está ao seu lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre, pois o velhinho parecia enxergar sua amada.

O velhinho olhando nos olhos do amigo, apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face:

-Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira.

Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!

Foram os 20 anos mais felizes de minha vida. E emocionou a todos os que ali estavam presentes.

CONCLUSÃO

Na vida temos de provar que amamos! Muitas vezes de uma forma difícil ... E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisas, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Silêncio


Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

Kent Nerburn

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Gente que sente demais


Aprendi que quem nasce só sentimentos nunca conseguirá ser leve, meio termo, café com leite. Nem dará certo com gente assim.
Quem nasce só sentimentos, na verdade, tende a ser solitário. Ama demais e se entrega demais, é lei. 
Mas no fim da noite sempre vai correr pro canto do quarto querendo entender o sentido de tudo ou sofrendo demais por tudo. 

Gente que sente demais tem a necessidade não assumida por drama. Nada é bom quando está bom. Não há nenhuma felicidade que não possa ser questionada. 
Gente que sente demais sempre espera coisas ruins de coisas boas, porque é isso que aprenderam desde cedo. Mas entram no barco naufragando do mesmo jeito. Encaram o precipício e pulam sem pensar duas vezes. Porque, no fim de tudo, por mais que se negue, vale a pena. Sentir vale a pena e é um ato de pura coragem. 

Quando se sente demais, o tombo é maior, a felicidade é quase uma overdose e a tristeza é do tamanho do mundo. 
Tudo é bonito e triste. 
Tudo é sentido dez vezes mais forte e algumas vezes, nem se sabe qual é o sentimento. 
A dor da felicidade ou a felicidade da dor, por exemplo. 
Só quem sente verdadeiramente entende isso. Ou melhor, sente isso. 

Entender não é um privilégio pra quem sente, é tudo questão de tato. Dói ser feliz por medo da felicidade acabar e às vezes a tristeza é confortável porque não se tem mais nada a perder. É uma bagunça. 

Gente que sente tudo à flor da pele é uma bagunça daquelas. 
São as pessoas mais tristes e mais felizes que se pode ter. São as mais bonitas de se ver também. 
A dor que se tem quando sente demais é sempre poética. 
O peso que se tem que levar para o resto da vida por ser assim, não. 

Mas aprendi também que quando se carrega algo tão grande assim dentro de si mesmo, eventualmente você acaba aprendendo a lidar e aceitar toda a confusão, porque muito peso nas costas te ensina a levar a bagagem direito.

Iolanda Valentim


terça-feira, 16 de julho de 2013

Elogio é sal na relação


Meu amigo preparou o almoço. Uma massa pesto maravilhosa.

Quando sua esposa apareceu em casa, fui elogiar:

— Seu marido é um autêntico chef italiano. Cozinhou uma massa e tanto.

Adivinha o que ela respondeu?

— Assim é fácil, qualquer um faz, ele usou molho pronto.

Em vez de comemorar o capricho do marido, ela desdenhou. Ela subestimou. Ela colocou o sujeito para baixo. Ela diminuiu a importância do ato.

De repente, nem percebemos o quanto rebaixamos quem a gente ama.

Pelo pretexto da sinceridade. Pelo pretexto da espontaneidade.

É um desejo de desmascarar totalmente dispensável, é um desejo de ser mais verdadeiro do que a verdade totalmente desnecessário.

A pessoa se esforça em ser gentil e agradar e não respeitamos a tentativa, não reconhecemos a intenção.

Temos que avacalhar, mostrar que o outro não é perfeito, expor fraquezas publicamente, entregar os defeitos. Para quê?

Devia ser o contrário. Os casais deviam se proteger, deviam se cuidar, deviam se unir pelas virtudes.

Os casais deviam se incentivar, se elogiar, se respeitar.

Acordar e já escolher algo bom a ser dito, algo bom a ser sublinhado. Não alimentar o rancor já no café da manhã.

O mundo do trabalho já é tão cheio de crítica, o mundo do trabalho já é tão perverso, não é justo maltratar nossa família.

Fabrício Carpinejar

domingo, 14 de julho de 2013

Eu, quando visto pelo outro


Quem sou eu? Eu vivo pra saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.

O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.

Vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet, ou até mesmo um email que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.

Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias que vivemos.

O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.

Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.

Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou, ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.

Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.

Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado neste processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.

Pe. Fábio de Melo


sábado, 13 de julho de 2013

Receita de Felicidade


* meu sobrinho Bernardo...

Pegue uns pedacinhos de afeto e de ilusão

Misture com um pouquinho de amizade

Junte com carinho uma pontinha de paixão

E uma pitadinha de saudade.

Pegue o dom divino maternal de uma mulher

E um sorriso limpo de criança

Junte a ingenuidade de um primeiro amor qualquer

Com o eterno brilho da esperança.

Peça emprestada a ternura de um casal

E a luz da estrada dos que amam pra valer

Tenha sempre muito amor
Que o amor nunca faz mal.


Pinte a vida com o arco-íris do prazer

Sonhe, pois sonhar ainda é fundamental

E um sonho sempre pode acontecer.
Pegue o dom divino maternal de uma mulher


E um sorriso limpo de criança

Junte a ingenuidade de um primeiro amor qualquer

Com o eterno brilho da esperança.
Peça emprestada a ternura de um casal

E a luz da estrada dos que amam pra valer


Tenha sempre muito amor
Que o amor nunca faz mal

Pinte a vida com o arco-íris do prazer

Sonhe, pois sonhar ainda é fundamental

E um sonho sempre pode acontecer

Toquinho



Felicidade


Insônia longa. Saiu de casa cedo, mal o dia amanhecia. Trânsito livre. Bateu na porta da casa de um quarteirão qualquer:

- O senhor sabe onde posso encontrá-la?

- Quem ?

Nada acrescentou. Foi-se rápido. Continuou a procurá-la. Tomou ônibus, metrô, andou bastante a pé. Muitas as perguntas repetidas e as fugas após os pedidos de esclarecimento. Entrou numa igreja, ajoelhou-se ao lado da mulher que rezava:

- A senhora também não sabe?

- O quê?

Levantou-se, saiu, circulou por toda a cidade. Indagou em bancas de jornais, em lojas diversas, de pessoas que passavam apressadas... Aproximou-se do velho mendigo, sentado junto do poste:

- E o senhor? Não pode me informar onde posso encontrá-la?

- Se é o que está procurando, ela nunca se aproximou de mim.

Voltou para casa, faminto, esgotado, paletó desabotoado, camisa aberta, suor descendo, gravata jogada para trás do pescoço. Olhou-se ao espelho. Murmurou:

- Por onde andará...

Pareceu-lhe vê-la, na meia-sombra, às suas costas. Voltou-se rápido para abraçá-la.

Deu-se conta de que apenas abraçou-se a si mesmo, ausente dela como nunca.



Nossas Letras / Letras, Arte e Cia / Caio Porfirio



sexta-feira, 12 de julho de 2013

É preciso ser valente


É preciso
É preciso ser valente para entender um Deus
Que nos leva de repente a mesma vida que deu
Que plantou esta semente e com a própria mão colheu


É preciso
É preciso ser valente para enxergar no escuro
Ver a vida como é
E acreditar que há futuro
Se pra nós o fruto é verde pra Deus deve estar maduro


É preciso
Não morre não, não morre não...
Apenas se encantou
De homem virou estrela, de estrela se disfarçou.


É preciso ser valente pra aceitar sua vontade
Mesmo quando dói na gente e rouba nossa mocidade
Ontem estava aqui presente, hoje já virou saudade


É preciso
É preciso ser valente para enfrentar o mundo
Entender que ele nasce e morre a cada segundo
Se pra nós parece o fim
Pra ELE é o começo de tudo


É preciso
Não morre não, não morre não
Apenas se encantou
De homem virou estrela,
De estrela se disfarçou

(Valente - Nizan Guanaes)


quinta-feira, 11 de julho de 2013

O olhar



O olhar é muito mais do que função fisiológica, É uma linguagem forte. É um universo carregado de sentido. É condensação do mistério do homem. Relata o destino de muita gente. Provoca alterações decisivas na vida.

Mesmo o olhar indiferente suscita reações contraditórias. O olhar é, em grande parte, a morada do homem. O universo do olhar é vasto e misterioso. 
Olhar habitação que acolhe o próximo que passava desabrigado. 
Olhar rejeição que distancia o gesto de diálogo. 
Olhar atração que cativa e envolve o semelhante. 
Olhar envenenado que espalha ameaça.

Olhar inocente que semeia simplicidade pela face da terra. 
Olhar malicioso que planta a semente da maldade no corpo dos homens. 
Olhar indiscreto que revela as intimidades humanas. 
Olhar sigiloso que arquiva quadros dolorosos e cenas humilhantes. 
Olhar atento que não desperdiça o menor sinal de boa vontade.

Olhar displicente que esquece a presença do outro. Olhar compreensivo que apaga os rastos dos erros. Olhar intolerante que espreita o deslize da fraqueza. Olhar generoso de Cristo que abraça toda Jerusalém. Olhar mesquinho do fariseu que cata e filtra migalhas.

Olhar pastoral de Cristo que recupera Pedro hesitante. 
Olhar encolerizado que fulmina o parceiro. 
Olhar apelo que suplica compaixão e ajuda. 
Olhar intransigência que cobra a última gota de sofrimento. 
Olhar amor que unifica os que se querem. 
Olhar ódio que esfaqueia os que se detestam.

Olhar história que vive a evolução das construções, o fluxo das gerações, o movimento dos estilos. 
Olhar documentação que registra as clareiras dos horizontes, a floração dos campos, o sangue dos acidentes, o desesperado precipitando-se do edifício, o último aceno de quem está se afogando.

Olhar de ansiedade que fica na estrada acompanhando aquele que parte. 
Olhar de esperança que não sai da estrada, aguardando a volta do filho pródigo. 
Olhar do recém-nascido que anuncia a chegada de uma existência. 
Olhar do agonizante que procura perpetuar sua presença entre os que ficam. 
Olhar evangélico que anuncia o reino de Deus. 
Olhar céptico que recusa os sinais da esperança.

Olhar consciente que ativa a reflexão humana. 
Olhar coisificado que manipula os homens como objetos. 
Olhar libertador que retira o irmão do cativeiro moral. 
Olhar argentário que industrializa até os sentimentos humanos. 
Olhar decidido que busca a realização pessoal.

Olhar evasivo que evita o encontro com a realidade. 
Olhar pacifico que reconcilia as vidas separadas. 
Olhar reticente que fragmenta a confiança. 
Olhar de perdão que põe de pé a quem estava caído.

Olhar de rancor que jura vingança impiedosa. 
Olhar feroz do perseguidor, do tirano, do opressor. 
Olhar encolhido, amedrontado do perseguido. Mas, que grandeza nesse olhar acuado! A última resistência do homem esmagado se refugia no olhar oprimido.

Diz Levinas que o arbitrário enxerga a sua vergonha nos olhos de sua vítima. Por isso, o agressor procura destruir, eliminar o oprimido. Pois não suporta o olhar que o acusa, que o julga, que o condena.

Mas, o Olhar que a arbitrariedade apaga na vida do oprimido, reacende-se na consciência do tirano como verme roedor. 

O olhar é também linguagem de Deus.

Do livro "ESTRADEIRO" de Juvenal Arduini - Edições Paulinas


quarta-feira, 10 de julho de 2013

O que é a Felicidade para você


Eu não sei o que é para você a Felicidade. Mais para mim a Felicidade esta nas pequenas coisas, na banalidade do dia a dia, no olhar agradecido de um mendigo que recebe uma doação, no olhar de uma velhinha que recebe ajuda. É tão magnífico perceber a felicidade no cotidiano.

Não sei se você conhece o velho ditado latino, “Tempus Fugit, Vita Brevis, Carpe Diem” ou seja “O Tempo Foge, a Vida é Breve, Aproveite o Dia”, sugue o dia. Aproveitar os amigos, passar mais tempo ao lado das pessoas que amamos, errar, como é bom errar. Hilário? Pois só temos o gosto de acertar, quando sabemos o que é errar na vida.

Hoje vivemos em uma sociedade tão egoísta, tudo é tão complicado, fazemos tempestades em copos de água. Devemos aproveitar o Maximo a nossa vida, fazer das pequenas coisas grandes acontecimentos.

Você já viu o por do sol com a pessoa que você mais ama? Hoje quando você acordou você diz para a pessoa que você mais ama, o quando ela é importante na sua vida? Aconselho que faça, ai você caro(a) amigo(a) descobrirá o verdadeiro significado da FELICIDADE.

Hoje em um fato tão banal na sociedade capitalista em que vivemos, para mim foi um grande acontecimento. Fui ao Shopping com alguns amigos da faculdade de Jornalismo da PUC – GO (Fabíola, Nayara, Dhieny, Weverton e Anderson).

Passeamos no Shopping e depois comemos hamburgers e bebemos coca cola. Depois tiramos fotos com a coroa que ganhamos na Burger King. Como eu disse um fato tão banal para muitos, talvez você esteja ai pensando como sou bobo por perder meu tempo lendo esse artigo. Mais para mim, não foi banal, foi um dos melhores momentos da minha vida. Não por causa dos hamburgers e nem da Coca – Cola e muito menos da foto, mais pelo encontro com os meus amigos.

É nisso que consistem a essência da vida. A Felicidade. Se eu morresse hoje, eu morreria feliz. Falta muito ainda na minha lista coisas que eu quero fazer antes de morrer, mais hoje foi gratificante, valeu a pena ter passando por todas as superações e obstáculos, pois conheci o que é ser feliz.

Pois quando estou com os meus amigos, eu que sou tão sisudo por natureza, a criança que mora dentro de mim ganha vida, ao pular no elevador em movimento. Ao correr na escada rolante. E tantas outras criancices, coisas supérfluas para muitos. Mais para mim não é. Sou feliz e sei que faço os meus amigos felizes.

Um dia ao terminar a faculdade, ou talvez bem antes, os nossos caminhos tomem rumos diferentes, talvez um dia não nos vejamos mais. Mais a saudade desses dias de risos, nos levará de volta para o shopping e para esse dia.

Eu peço apenas que você que chegou ao final desse texto, que reflita o que você faz da sua vida? Ela vale a pena? Como é a sua relação com os seus amigos?

O dia que você conseguir ver o alem, a grandeza das pequenas coisas, você entenderá o que é ser Feliz. Nesse dia, a sua criança interior saltará de dentro de você para alegrar o nosso mundo. Não espere a fama, dinheiro, prestigio para ser feliz. Pois a felicidade esta ai dentro do seu peito, basta você parar e escuta-la e ai meu amigo(a) você será a pessoa mais feliz do mundo.

Hoje eu fui feliz, e quero que você também seja. Esses são os votos mais sinceros de um mero aprendiz.

Pe. Fábio de Melo


terça-feira, 9 de julho de 2013

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Não é tão simples viver a vida


Não é tão simples viver a vida.
As vezes, ela contém capítulos imprevisíveis e inevitáveis.
Todo ser humano passa por turbulências em sua vida.
A alguns falta o pão na mesa; a outros, a alegria na alma.
Uns lutam para sobreviver.
Outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranqüilidade e da felicidade.
Por isso há miseráveis que moram em palácios e ricos que moram em casebres.
A vida é belíssima, mas não é tão simples vivê-la.
Às vezes, ela se parece com um imenso jardim.
De repente, a paisagem muda e ela se apresenta árida como um deserto ou íngreme como as montanhas.
Independentemente dos penhascos que temos de escalar, cada ser humano possui uma força incrível.
E muitos desconhecem que a possuem."

Augusto Cury In "Você é insubstituível"

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Ao longo da estrada ...


Eu sei que às vezes é quase irresistível não dar trela àquela voz traiçoeira, nossa velha conhecida, que nos incita a desistir dos nossos sonhos com ares de quem propõe a coisa mais bacana do mundo. 
Não nos esparramarmos, doídos pra caramba e também com um algum conforto, na autopiedade, essa areia movediça ávida por engolir nosso lume.

Eu sei que às vezes é quase irresistível não desdobrar a lista de decepções que mantemos atualizada com zelo de colecionador para nunca nos faltar matéria-prima pra lamúria.
Não relembrar sem economia de minúcias cada frustração vivida com o olhar amarrado e a tristeza viçosa que só fazem aumentar a dor da vez.

Eu sei que às vezes é quase irresistível não eleger um algoz e acentuar um pouquinho mais as nossas feições sofridas para as novas poses do nosso álbum de vítima. 
Não nos responsabilizarmos pela parcela de participação que nos cabe em boa parte das encrencas em que nos metemos, e que, se olharmos com olhos lúcidos, de preferência também lúdicos, às vezes nem é tão pequena como é mais fácil acreditar.

Eu sei que às vezes é quase irresistível não ficar morando na dor como se dor fosse casa de veraneio. 
Não arriscar um passo fora do terreno da nossa desesperança porque sentimos que nos sobra cansaço e nos faltam pernas. 
Eu sei que às vezes é quase irresistível. Eu sei que às vezes a gente não consegue mesmo resistir. 
E sei que quando não resistimos, está tudo bem: esse lugar também passa.

De apelo a apelo, vamos caindo e levantando ao longo da estrada, apurando o coração para tornar muito mais irresistível o nosso amor paciente e generoso por nós mesmos. 
Para desdobrar com maior frequência, na memória, a lista que conta as conquistas todas de que já fomos capazes, nós que tantas vezes parecemos tentar desmentir as nossas pérolas.

De apelo a apelo, vamos caindo e levantando ao longo da estrada, apurando o coração para fazer valer, na prática, o nosso respeito à oportunidade inestimável de estarmos aqui. 
A nossa intenção de não desperdiçar esse ouro que é o tempo, essa maravilha que é o corpo, essa graça que é a vida. 
Essa que, se olharmos com olhos lúcidos, de preferência também lúdicos, sempre inventa maneiras para se vestir de convite irrecusável de novo.

Ana Jácomo

O jardim de cada um ...


Em cada pessoa há um espécie de jardim secreto que revela a sua beleza interior. Neste jardim são refletidas as suas emoções e sentimentos, deixando-o mais viçoso ou sem vida.

Quando notar que o seu jardim está sem a beleza e sem o brilho de outrora, faltando flores e sem exalar o perfume especial da vida, isto é sinal que você necessita de renovação.

Para manter o seu jardim sempre belo, livre-se das ervas daninhas dos ressentimentos e das pragas do orgulho e da culpa. Plante mudas de autoestima e perdão. Irrigue cada canto com as águas da alegria e da esperança.

Assim, você perceberá a vida fluindo novamente, trazendo de volta o colorido e o perfume do seu jardim, fazendo dele um local atrativo para as abelhas com sua disposição, para os colibris com sua elegância e para as borboletas com sua beleza.

A isto você pode chamar de Fe-li-ci-da-de.

Pedro Leite

sábado, 6 de julho de 2013

Quase Prata

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

Pablo Neruda

Era uma vez, uma menina moça e um moço homem. Os dois se apaixonaram e formaram um casal. Um casal normal.

E o tempo foi passando e aquele casal de começo tão normal, foi escrevendo histórias e entrelaçando suas vidas. Intuitivamente, sabiam que deveriam se unir, pois precisariam gerar uma Estrela para brilhar no Céu e uma Flor para enfeitar a Terra. Para isso o amor seria ferramenta indispensável por todo o percurso. Deveriam ser corajosos.

A Estrela nasceu, cresceu e subiu aos Céus. Na Terra a Flor brotou e floriu.

O casal que não era de Cristal , chorou, chorou. As lágrimas aguaram a Flor que um dia gritou:

— Quero amar e sonhar! Vocês vão me abençoar?

Apagou a menina, dormiu o moço... O tempo implacável registrou todas as histórias, sem nenhuma misericórdia.

O casal embalado pelo amor e pela dor resolveu seguir e até sorrir.

E Deus os abençoou, a Estrela brilhou, a Flor se abriu.

E aquele casal de começo tão banal, hoje é quase prata.

 Heloísa Bittar Gimenes

A escola dos meus sonhos


Na escola de meus sonhos, os alunos aprendem a cozinhar, costurar, consertar eletrodomésticos, fazer pequenos reparos de eletricidade e de instalações hidráulicas, conhecer mecânica de automóvel e de geladeira, e algo de construção civil. 
Trabalham em horta, marcenaria e oficinas de escultura, desenho, pintura e música. Cantam no coro e tocam na orquestra.

Uma semana ao ano integram-se, na cidade, ao trabalho de lixeiros, enfermeiras, carteiros, guardas de trânsito, policiais, repórteres, feirantes e cozinheiros profissionais. 
Assim, aprendem como a cidade se articula por baixo, mergulhando em suas conexões subterrâneas que, à superfície, nos asseguram limpeza urbana, socorro de saúde, segurança, informação e alimentação.

Não há temas tabus. Todas as situações-limites da vida são tratadas com abertura e profundidade: dor, perda, falência, parto, morte, enfermidade, sexualidade e espiritualidade. 
Ali os alunos aprendem o texto dentro do contexto: a matemática busca exemplos na corrupção dos precatórios e nos leilões das privatizações; o português, na fala dos apresentadores de TV e nos textos de jornais; a geografia, nos suplementos de turismo e nos conflitos internacionais; a física, nas corridas da Fórmula 1 e pesquisas do supertelescópio Hubble; a química, na qualidade dos cosméticos e na culinária; a história, na violência de policiais a cidadãos, para mostrar os antecedentes na relação colonizadores-índios, senhores-escravos, Exército-Canudos etc.

Na escola dos meus sonhos, a interdisciplinaridade permite que os professores de biologia e de educação física se complementem; a multidisciplinaridade faz com que a história do livro seja estudada a partir da análise de textos bíblicos; a transdisciplinaridade introduz aulas de meditação e de dança, e associa a história da arte à história das ideologias e das expressões litúrgicas.

Se a escola for laica, o ensino religioso é plural: o rabino fala do judaísmo; o pai-de-santo do candomblé; o padre do catolicismo; o médium do espiritismo; o pastor do protestantismo; o guru do budismo etc. 
Se for católica, promove retiros espirituais e adequação do currículo ao calendário litúrgico da Igreja.

Na escola dos meus sonhos, os professores são obrigados a fazerem periódicos treinamentos e cursos de capacitação, e só são admitidos se, além da competência, comungam com os princípios fundamentais da proposta pedagógica e didática. 
Porque é uma escola com ideologia, visão de mundo e perfil definido sobre o que são democracia e cidadania. 
Essa escola não forma consumidores, mas cidadãos.

Ela não briga com a TV, mas leva-a para a sala de aula: são exibidos vídeos de anúncios e programas e, em seguida, analisados criticamente. 
A publicidade do iogurte é debatida; o produto, adquirido; sua química, analisada e comparada com a fórmula declarada pelo fabricante; as incompatibilidades denunciadas, bem como os fatores porventura nocivos à saúde. 
O programa de auditório de domingo é destrinchado: a proposta de vida subjacente; a visão de felicidade; a relação animador-platéia; os tabus e preconceitos reforçados etc. 
Em suma, não se fecha os olhos à realidade; muda-se a ótica de encará-la.

Há uma integração entre escola, família e sociedade. 
A Política, com P maiúsculo, é disciplina obrigatória. 
As eleições para o grêmio ou diretório estudantil são levadas a sério e um mês por ano setores não vitais da instituição são administrados pelos próprios alunos. 
Os políticos e candidatos são convidados para debates e seus discursos analisados e comparados às suas práticas.

Não há provas baseadas no prodígio da memória nem na sorte da múltipla escolha. 
Como fazia meu velho mestre Geraldo França de Lima, professor de História (hoje romancista e membro da Academia Brasileira de Letras), no dia da prova sobre a Independência do Brasil os alunos traziam à classe toda a bibliografia pertinente e, dadas as questões, consultavam os textos, aprendendo a pesquisar.

Não há coincidência entre o calendário gregoriano e o curricular. 
João pode cursar a 5ª série em seis meses ou em seis anos, dependendo de sua disponibilidade, aptidão e recursos.

É mais importante educar que instruir; formar pessoas que profissionais; ensinar a mudar o mundo que a ascender à elite. 
Dentro de uma concepção holística, ali a ecologia vai do meio ambiente aos cuidados com nossa unidade corpo-espírito, e o enfoque curricular estabelece conexões com o noticiário da mídia.

Na escola dos meus sonhos, os professores são bem pagos e não precisam pular de colégio em colégio para poderem se manter. Pois é a escola de uma sociedade onde educação não é privilégio, mas direito universal e, o acesso a ela, dever obrigatório.

 Frei Betto

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Frases - Millôr Fernandes


"Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito."


Esnobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.


"Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim."


"O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde."


"Pais e filhos não foram feitos para ser amigos. Foram feitos para ser pais e filhos."


"Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso."


"Os nossos amigos poderão não saber muitas coisas, mas sabem sempre o que fariam no nosso lugar."


Aniversário é uma festa
Pra te lembrar
Do que resta.


"Não é que com a idade você aprenda muitas coisas; mas você aprende a ocultar melhor o que ignora."


"Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos."


"Um homem começa a ficar velho quando já prefere andar só do que mal acompanhado."


"Toda alegria é assim: já vem embrulhada numa tristezinha de papel fino."


"Não há problema tão grande que não caiba no dia seguinte."


"O que esse país realmente precisa é que alguém apague a luz no fim do túnel."


"Se durar muito tempo, a popularidade acaba tornando a pessoa impopular."


"Coisa rara: teu espelho tem minha cara..."


Millôr Fernandes


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Amor Maduro

 Hoje, 32 anos de casada - Bodas de Pinho

"Aprendi que o sentimento do amor não é mais nem menos forte conforme as idades, o amor é uma possibilidade de uma vida inteira, e se acontece, há que recebê-lo." (José Saramago)


"O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão.
É mais definido colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações: Presenteia com a verdade do sentimento.

Não precisa de presenças exigidas:
amplia-se com as ausências significantes.

O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas
trabalhosas de construir o bem, o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.

Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca
e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação,
o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto,
os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver,
o equilíbrio de carne e de espírito.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro
e a relação com a parte salva de cada pessoa.

Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois,
vive do que fermentou criando dimensões novas
para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.

Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.

O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão,
basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito.

Está relacionado com a vida e por isso mesmo é incompleto,
por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso.
É feito de compreensão, música e mistério.

É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança.
É o sol de outono: nítido, mas doce.
Luminoso, sem ofuscar.
Suave, mas definido.
Discreto, mas certo."

Autor: Artur da Távola



terça-feira, 2 de julho de 2013

Do que hoje, eu sei


E hoje, tudo o que sei é que ainda há muito a aprender.
Ainda há muita estrada a percorrer, ainda há muito o que descobrir.
Há muitos passos a dar.
Hoje, eu renovo as esperanças
e paro pra reparar que os melhores presentes Deus já me deu.
Deus vive me presenteando.
E eu sei, a vida ainda tem muito a me mostrar.
Eu ainda tenho muitas coisas para ver, para enxergar.
Tenho uma vida intensa pra viver e as melhores pessoas do mundo ao meu lado.
Tenho um coração cheio e uma vontade de ser feliz que não passa.

 Monalisa Macêdo